A prática ecologicamente incorreta de podar indiscriminadamente as árvores no passeio público se repete mais uma vez. Em diferentes pontos da cidade de Carlos Barbosa, os moradores simplesmente se fazem de donos do espaço público e mutilam as plantas, que ficam com aspecto grotesco, apenas com o tronco.
Um morador da rua Valter Jobim, esquina com a Assis Brasil ficou indignado, na terça-feira (27/06), quando a imprensa local fotografou cinco árvores que haviam sido podadas irregularmente no local. Ele alegou que havia podado por causa da sujeira que a planta causava, soltando as folhas.
Na mesma rua, porém na frente de outra casa, uma extremosa foi mutilada. Na rua Rio Branco, a poucos metros da esquina com a Valter Jobim, outras extremosas também foram podadas de forma radical.
No começo de junho, na Semana do Meio Ambiente, a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente distribuiu mudas de ávores e folhetos orientando sobre a forma correta de fazer a poda.
Profissionais do setor, como biólogos e engenheiros florestais, atestam que, a rigor, não se deve podar nenhuma planta. Entretanto, na área urbana, criam-se situações em que a poda é indicada, normalmente por questão de segurança, quando é plantada sob redes de energia elétrica.
Catiana Baccon, responsável pela seção de Meio Ambiente, disse que "a pessoa não pode podar a árvore que estiver na calçada, mesmo que tenha sido ela a plantar. Um técnico vai até o local e analisa o caso. Se a poda for necessária, uma equipe nossa fará este serviço".
Este tipo e poda é considerado crime ambiental e, pela legislação, a multa é de R$ 500,00 por cada árvore danificada. A fiscal sanitarista e de meio ambiente, Gabriela Giacobbo, disse que as pessoas que praticarm este crime ambiental serão cientificadas.
"Pelo que a gente observa, isso ocorre em vários pontos da cidade. Vou passar em todos e cientificar o responsável, exigindo que ele assine essa cientificação. Posteriormente, se houver reincidência, aí sim será aplicada a multa".
(
Jornal Contexto, 01/07/2006)