Ita e Barra Grande recebem garantia de funcionamento por 30 anos
2006-07-03
As usinas hidrelétricas de Ita e Barra Grande tiveram parte de sua energia contratada no leilão de energia de nova, que encerrou na madrugada de sexta-feira, 30 de junho. Conforme o secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, José Carlos Brack, a usina de Ita vendeu 220 MW/hora e Barra Grande, 10 MW/hora. “Isso garante o funcionamento destas usinas por 30 anos”, explica o secretário. Já quanto aos novos empreendimentos, os projetos gaúchos que estavam concorrendo não tiveram energia contratada. “Como não houve contratação da energia, esses novos empreendimentos poderão sofrer atrasos no início das obras, pois precisam vender a energia antes de iniciar sua construção”, afirma.
De acordo com Brack, o Estado estava participando com seis novos empreendimentos, sendo quatro Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHS), com potência instalada total de 75 MW, e duas termelétricas a óleo, com potência instalada de 121 MW, todos projetos de empresas privadas. O secretário explica que as duas centrais térmicas não puderam ser contratadas, pois não apresentaram a Licença Prévia, um pré-requisito para a participação no leilão. “Agora, as termelétricas deverão buscar as licenças prévias para participar do próximo leilão. Já as PCHs, poderão tentar vender energia no ambiente de contratação livre ou aguardar o próximo leilão”, informa Brack.
Ao fazer um balanço sobre o resultado do último leilão de energia A-3, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, informou que, 18 usinas serão construídas, num investimento total estimado em US$ 1,4 bilhão. Das usinas novas, sete são pequenas centrais hidrelétricas e 11 térmicas, sendo três a biomassa e oito movidas a óleo diesel e combustível. Na avaliação do presidente da EPE, o leilão foi o mais interessante realizado desde o início do novo modelo, uma vez que houve sobreoferta capaz de garantir a competitividade da licitação.
Conheça os empreendimentos que concorreram
PCHS
PCH Criúva: com 20 MW de potência instalada, localizada no rio Lajeado Grande, entre os municípios de Caxias do Sul e São Francisco de Paula.
PCH Palanquinho: com 19 MW de potência instalada, localizada no rio Lajeado Grande, entre os municípios de Caxias do Sul e São Francisco de Paula.
PCH Pezzi, com 20 MW de potência instalada, localizada no rio das Antas, entre os municípios de Bom Jesus e Jaquirana.
PCH Quebra Funda: com 16 MW de potência instalada, localizada no rio das Antas, entre os municípios de Bom Jesus e Jaquirana.
Termelétricas
UTE Montenegro I, combustível Óleo Combustível e potência instalada de 51 MW.
UTE Montenegro II, combustível Óleo Diesel e potência instalada de 70 MW.
CTSul
O projeto CT SUL ficou de fora da disputa do leilão de energia. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa não apresentou as garantias requisitadas para a participação no evento. O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Antônio Carlos Fraga Machado, contou nesta sexta-feira, 30 de junho, que a CTSul tentou suspender o leilão de energia nova A-3, por meio de nova liminar, para apresentar as garantias financeiras obrigatórias para participar do leilão. Segundo Machado, a Justiça indeferiu pedido da empresa, uma vez que as garantias não haviam sido apresentadas até às 11:15 horas.
(Por Carolina Becker, da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Minas e Energia do RS)