Escassez de água limita desenvolvimento econômico chinês
2006-06-30
A recente Reunião Nacional sobre Recursos Hídricos concluiu que a escassez de água limita o desenvolvimento econômico do país. Os projetos ligados aos investimentos fixos, por exemplo, raramente agregam conceitos sobre a economia do precioso líquido. Da mesma forma, algumas regiões continuam apostando no desenvolvimento cego, ampliando a poluição ou agravando o esgotamento dos recursos hídricos. O ministro dos Recursos Hídricos chinês, Wang Shucheng, enfatizou na reunião a questão do desenvolvimento sustentável. Para ele, os governos locais devem mudar o conceito de desenvolvimento econômico e conservar o produto.
Os dados mais recentes apontam que a seca atingiu 26 milhões de hectares de terras agriculturáveis durante o 11º Plano Qüinqüenal. Por isso, cerca de 35 milhões de toneladas de grãos deixaram de ser produzidos anualmente; 320 milhões de pessoas não têm a garantia da segurança da água potável; mais de 400 cidades enfrentam problemas com o abastecimento da água e, destas, 110 enfrentam graves problemas com a falta do produto.
Segundo nosso objetivo, o PIB de 2020 quadruplicará o de 2000, ou seja, chegará a pelo menos US$ 4,4 trilhões. Porém, a geração de cada dez mil yuans do PIB implica no consumo de 400 metros cúbicos de água. Os recursos hídricos, contudo, não permitem a manutenção destas taxas.
A água determinará o ritmo de crescimento. Por isso, é prioridade construir uma sociedade que saiba poupar este recurso. Em 2002, a cidade Zhangye, no curso médio do rio Heihe, se tornou a primeira localidade a criar um programa voltado à poupança do produto. A cidade promoveu uma pesquisa sobre a capacidade total da vazão hídrica na região. Com base no resultado, elaborou um projeto de desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo, governo local reajustou sua estrutura econômica e construiu novas e imensas instalações hidráulicas, alcançando notáveis resultados.
O mesmo aconteceu também em alguns lugares da Região Autônoma da Mongólia Interior. Os moradores locais começaram a mudar o tradicional conceito sobre os recursos hídricos, a fim de melhor aproveitá-los. Tianjin, município central que se ressente gravemente da falta destes recursos, tem insistindo em muitos anos em popularizar a necessidade de poupar o precioso líquido e em sua reestruturação industrial. A cidade eliminou muitas papeleiras e tipografias de seus parques industriais, em virtude da forte contaminação gerada por suas atividades.
(CRI, 20/06/2006)
http://po.chinabroadcast.cn/1/2006/06/20/1@45307.htm