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2006-06-29
Um dos investimentos privados mais esperados do ano - a nova fábrica da Aracruz Celulose no Estado - será confirmado hoje (29/06), em cerimônia no Palácio Piratini.

O projeto, estimado em US$ 1,2 bilhão, era motivo de expectativa desde que, em março, um grupo de manifestantes ligados à Via Campesina invadiu a fazenda da empresa em Barra do Ribeiro e destruiu um laboratório e viveiros. Especulava-se que a invasão, notícia em várias partes do mundo, poderia retirar o Rio Grande do Sul da lista de candidatos à sede da unidade.

Pelo porte do investimento, que vai criar pelo menos 2 mil postos de trabalho diretos, e expectativa gerada, seu anúncio foi cercado de sigilo pelo Piratini, que apenas divulgou na agenda do governador Germano Rigotto um encontro de trabalho, marcado para as 9h30min de hoje, com a direção da Aracruz.

A nova fábrica, a ser construída ao lado da atual unidade da empresa em Guaíba, pode ser a última anunciada por Rigotto neste mandato, devido à polêmica que cerca a legalidade da participação de candidatos à reeleição em eventos desse tipo.

O diretor da Aracruz, Walter Lídio Nunes, em Porto Alegre desde a tarde de ontem (28/06), não quis confirmar o resultado das negociações. Há meses, a empresa tem um acordo com o governo de que a iniciativa do anúncio partiria do Piratini:

- Não sabemos o tom que o governo quer dar a esse encontro. De nossa parte, ainda há pendências, algumas relacionadas à infra-estrutura, mas poderemos ser surpreendidos com as soluções amanhã (hoje) - disse o executivo, um dos mais empenhados nas negociações do investimento.

Obra deverá levar 17 meses até conclusão
Já o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, informou que o grande número de convidados para a cerimônia no Piratini, incluindo dezenas de prefeitos, está relacionado com uma proposta envolvendo tributação. O tema seria a divisão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os municípios fornecedores de madeira e os que serão a sede das novas plantas produtoras de celulose previstas para serem instaladas no Estado. Atualmente, explicou o secretário Ponte, apenas o município-sede fica com o imposto.

Ao comentar as conseqüências da invasão de Barra do Ribeiro, Walter Nunes voltou a dizer que o episódio não tem peso algum na decisão sobre a sede do projeto, cujos números definitivos deverão ser anunciados nos próximos meses.

Informações do setor indicam que a nova fábrica da Aracruz deverá produzir 1 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. E, uma vez iniciada, a obra levará 17 meses para terminar.

Saiba mais
O que é
A Aracruz Celulose é líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto, responde por 30% da oferta global do produto, usado para a fabricação de papéis para imprimir e escrever, papéis sanitários e papéis especiais.
Onde está
As florestas estão no Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e no Estado, na unidade de Guaíba com capacidade para produzir 430 mil toneladas/ano de celulose.
O controle
O controle acionário é dividido pelos grupos Safra, Lorentzen e Votorantim (28% do capital votante cada um) e pelo BNDES, que tem 12,5% de participação.
Pólo Florestal do Sul
Outros investimentos de celulose:
Stora Enso
O grupo finlandês já adquiriu 45 mil hectares no Estado, onde investiu R$ 100 milhões. Segundo informações do diretor de desenvolvimento florestal da divisão latino americana, João Fernando Borges, as metas deste ano são continuar o programa de compra e regularização de terras, além de iniciar o plantio de 5 mil hectares. No primeiro semestre de 2007, deverá ser liberado o licenciamento ambiental para o projeto florestal. Está em fase de estudo o projeto de uma fábrica, para 2011.

VCP - Votorantim Celulose e Papel
Em novembro, o grupo anunciou o início do processo de licenciamento socioambiental para a instalação de uma fábrica de celulose branqueada na Metade Sul. O projeto que sairá do papel entre 2009 e 2011, prevê a unidade em uma área de até 500 hectares, no eixo Rio Grande, Pelotas e Arroio Grande. O investimento, incluindo a fábrica e a base florestal, está estimado em US$ 1,3 bilhão, para a produção de 1 milhão de toneladas por ano. A nova planta abrirá 4 mil postos de trabalho. Desde 2004, o grupo já investiu R$ 310 milhões no Rio Grande do Sul.

Saiba mais
Em 2005, a empresa lucrou R$ 1,17 bilhão, recorde em sua história A Aracruz tem 2.249 empregados. Mais 7.988 profissionais prestam serviço permanentemente.

Destruição aumentou risco para investimento
Numa ação de grande repercussão nacional e internacional, em 8 de março deste ano, um grupo estimado em 1,5 mil agricultores do movimento Via Campesina, a maioria mulheres, invadiu o laboratório e o viveiro de estufas da Aracruz, em Barra do Ribeiro.

Foram destruídos experimentos científicos e pelos menos 3 milhões de mudas de eucaliptos na Fazenda Barba Negra, num total de perdas estimado em US$ 6,7 milhões. Foi confirmada a participação de estrangeiros e quatro deles foram indiciados pela polícia brasileira por envolvimento no planejamento da operação. Nos dias seguintes à invasão, em meio a especulações de que a Aracruz desistiria de ampliar suas operações no Estado, a direção da empresa reiterou que não haveria conseqüências sobre sua decisão de investimento.
(Por Lúcia Ritzel, Zero Hora, 29/06/2006)

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