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2006-06-29
Um movimento de consolidação das siderúrgicas brasileiras ou de aceleração do processo de internacionalização tem o apoio de um personagem importante - o BNDES. O banco tem interesse em fortalecer as empresas nacionais frente ao avanço das estrangeiras. Apesar das facilidades de matéria-prima (minério de ferro) e de logística, as companhias locais ampliaram suas capacidades nos últimos anos em uma velocidade muito menor do que suas concorrentes, como as indianas.

"Se houver interesse das empresas em se consolidar, o banco apóia e quer participar desse movimento", afirma Wagner Bittencourt, diretor da área de infra-estrutura e insumos básicos do BNDES. O presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, disse que a fusão de Arcelor e Mittal pode deflagrar uma série de movimentos que estavam adormecidos no Brasil, entre eles a união do sistema Usiminas/Cosipa com CSN, da família Steinbruch, e a Açominas, da família Gerdau. "Teríamos muito interesse em participar de um movimento como esse. Se isso vier a acontecer, deveremos ser consultados. Temos participação acionária ou somos credores e, várias dessas empresas", afirma Bittencourt.

A idéia de Rinaldo, porém, pode estar longe de se concretizar. A Gerdau tem priorizado os investimentos no exterior. Vê a diversificação geográfica como forma de reduzir sua exposição aos efeitos cíclicos dos mercados. Quando a economia brasileira não vai bem, por exemplo, pode obter melhores resultados em outros países.

O empresário Benjamin Steinbruch também tem uma estratégia diferente de expansão - rumo ao exterior. Busca oportunidades de aquisição de laminadoras nos principais países consumidores. Com isso, foge das cotas americanas para produtos brasileiros.

A Usiminas é a peça-chave em todo o jogo de consolidação no país. Com produção de 8,7 milhões de toneladas em 2005, é um ativo cobiçado, mas tem uma estrutura societária complicada. Dois importantes sócios, a Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil) e a Vale do Rio Doce, com 38% do capital votante, estão fora do acordo de acionistas firmado em 1998 porque na época tinham participações cruzadas no setor.

Hoje, o controle da Usiminas está dividido entre três grupos - investidores japoneses liderados pela Nippon Steel (agora segunda maior do mundo), VBC (união de Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) e o clube de empregados. A Vale, que no passado já pensou em vender suas ações na Usiminas, pressiona para que o acordo de acionistas - que venceria apenas em 2013 - seja revisto, para que ela possa voltar a participar do bloco de controle. Segundo o Valor apurou, a Vale só mudou de idéia quanto à venda de sua parte quando a Usiminas decidiu fazer uma nova unidade de produção. No futuro, isso significará maior consumo de minério de ferro.

"A Usiminas tem grande potencial para ser uma consolidadora, especialmente se a Vale entrar no bloco de controle", afirma Mônica Carvalho, analista da consultoria Voga Advisory. Mas a siderúrgica também pode ser alvo de aquisição. Com a fusão de Mittal e Arcelor, alguns analistas acreditam que grandes usinas de aço estrangeiras poderão passar a assediar as brasileiras - pequenas em escala frente ao novo ranking do setor -, que têm baixos custos de produção.

O BNDES está atento a isso e, na prática, prefere que as três siderúrgicas - Gerdau, CSN e Usiminas - sigam sendo controladas por grupos nacionais. "Temos interesse em apoiar tanto grupos nacionais como estrangeiros. A Constituição não discrimina o capital", desconversa Bittencourt. Estudo produzido pelo banco no fim de 2005, porém, indica que seria desejável a manutenção do capital nacional.

Intitulado "Para onde vai a China? O impacto do crescimento chinês na siderurgia brasileira", o texto informa que "tendo em vista que seria desejável a permanência de grupos com controle de capital nacional, uma forma de se contrapor a essa tendência (de aquisição de brasileiras por grupos globalizados) seria apoiar o movimento de internacionalização, bem como as intenções de consolidação que ampliem as vantagens competitivas frente às congêneres internacionais." O estudo sugere que o banco adote novas linhas para apoiar siderúrgicas brasileiras.

Para Bittencourt, o BNDES pode ser o apoiador do movimento de consolidação, mas a decisão tem de partir das empresas - na China e na Índia, os planos são dados pelo governo "Nossos grupos são maduros, com bons ativos. O banco tem interesse em apoiar a consolidação, mas a decisão tem de partir do setor privado."(Colaborou Ivo Ribeiro)
(Por Raquel Balarin/Valor Online, 28/06/2006)
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