Seca prolongada favorece o corte da cana-de-açúcar
2006-06-29
O inverno começou na quarta-feira (21/06) com céu limpo, baixa umidade do
ar e temperatura amena. A mínima oscilou entre 10 e 12 graus na maior
parte do Estado de São Paulo, e a máxima passou de 30 graus apenas em
Votuporanga, Presidente Prudente e Ilha Solteira. Na tarde de domingo
(25/06), uma frente fria chegou ao sul do Estado, elevando a nebulosidade.
As reservas de água no solo permanecem abaixo de 40% na maioria das
localidades, com níveis de umidade abaixo de 15% da capacidade máxima de
retenção em Campinas, Jaboticabal, Jaú, São Carlos e Sorocaba.
O tempo continuou favorável à colheita e ao transporte de cebola e de
batata em Piedade e São José do Rio Pardo; de batata-doce e de mandioca
em Presidente Prudente; e de atemóia em Mogi das Cruzes, onde a
expectativa é a de que o atraso na colheita e a redução da produtividade
sejam compensados pelo bom tamanho das frutas.
Nos canaviais, a estiagem ainda não afetou a produtividade. Ao contrário,
aumentou a eficiência do trabalho no campo e o rendimento industrial da
cana, e baixou o custo do transporte. A preocupação é com o desempenho das
áreas reservadas para o corte no fim da safra, onde as plantas ainda
estavam em fase final de crescimento entre abril e maio, quando a seca
começou.
Nos cafezais de Franca, Garça e Espírito Santo do Pinhal, o ritmo da
colheita diminuiu por causa da queda nos preços. O escalonamento da
colheita, iniciando pelos talhões mais adiantados, é uma alternativa para
contornar a situação.
Nos laranjais de São Paulo, teve início a colheita nos pomares de laranja
pêra, além das variedades hamlin, westin, lima e baía, mais precoces e
que já eram processadas nas indústrias desde meados de maio. O regime de
temperatura e chuva até o mês de abril beneficiou a cultura nesta safra,
com boa produtividade, frutos de coloração adequada e suco com
características favoráveis ao processamento.
As condições meteorológicas durante o período permitiram a realização dos
tratamentos fitossanitários, das adubações e das capinas nas áreas de
produção de hortaliças e legumes, que encontram no inverno o período mais
indicado para o seu cultivo. As informações são de O Estado de S.
Paulo/Suplemento Agrícola.
(Estadão, 28/06/2006)
http://www.estadao.com.br/agronegocios/noticias/2006/jun/28/44.htm