A DuPont, terceira maior fabricante de produtos químicos dos Estados
Unidos, planeja produzir partes de automóveis e eletrônicos à base de
milho. A meta é de no próximo ano expandir a linha de produtos derivados
de fontes renováveis.
O elastômero termoplástico Hytrel e o termoplástico Sorona da DuPont
estarão disponíveis a partir de meados de 2007, disse Cathy Branciaroli,
porta-voz da DuPont. As aplicações incluem conectores eletrônicos e
autopeças de plástico, tubulação e mangueiras, ela disse.
"Quando esses produtos forem comercializados, poderemos oferecer aos
consumidores os benefícios dos materiais de fontes renováveis e reduzir a
dependência nas fontes petroquímicas", disse Kevin Smith, gerente geral
da DuPont Engineering Plymers.
As resinas serão feitas de Bio-PDO baseados no milho, que substitui o
propanodiol baseado em petroquímicos, informou a DuPont. O Bio-PDO é
também o principal ingrediente dos têxteis Sorona, o primeiro de uma série
de produtos baseados em plantas que a empresa prevê gerar US$ 3 bilhões de
receita na próxima década.
A produção do Bio-PDO segue o cronograma para lançamento este ano em
Loudon, Tennessee (EUA), em uma fábrica de propriedade conjunta com a Tate
& Lyle. A fábrica terá capacidade anual para produzir 220.462 toneladas
de Bio-PDO de açúcar de milho fermentado.
A DuPont informou na semana passada que se associará com a British
Petroleum (BP), maior empresa petrolífera da Europa, para produzir butanol
da fermentação de açúcar de beterraba.
Os motoristas podem ir mais longe com um galão de biobutanol do que com
etanol, entre várias outras vantagens. Até 2010, com o aumento da
produção, o biobutanol será tão barato quanto a gasolina, pressumindo que
o preço do óleo permanecerá acima de US$ 30 a US$ 40 o barril, informou a
empresa.
(
Gazeta Mercantil/Bloomberg News, 28/06/2006)