Governos europeus próximos de acordo contra a poluição
2006-06-28
Governos da União Européia estão próximos de acertar um plano para reduzir a poluição do ar, que de acordo com a Comissão Européia mata 370 mil cidadãos do bloco a cada ano. Os ministros de Meio Ambiente concordaram com uma nova proposta para a redução de todos os principais poluentes, principalmente partículas emitidas diretamente no ar, que segundo especialistas são as mais perigosas para a saúde humana e encontram-se no smog (mistura de fumaça e neblina) e no ozônio de baixa altitude.
A proposta de lei, chamada Diretriz de Qualidade Ambiental do Ar, inclui propostas para a criação de novos padrões de emissão para veículos a diesel, adoção de um limite máximo de tolerância para o smog nas cidades e redução na burocracia prevista na legislação ambiental atual, para melhorar a implementação das regras já existentes.
O acordo dos ministros deverá encarar problemas no Parlamento Europeu, que estudará a proposta e fará emendas. O comitê de meio ambiente do Parlamento já exige limites mais estritos para a emissão de partículas, principalmente as menores e mais finas, conhecidas como PM2.5 e que são consideradas, por especialistas, a maior ameaça à saúde humana.
A meta do plano europeu é reduzir em 40% o número de mortes prematuras causadas por doenças ligadas à qualidade do ar até 2020. Autoridades já reconheceram que os novos limites para a poluição - de automóveis a pesticidas - custará às empresas e governos cerca de US$ 8,9 bilhões ao ano, para implementação. A Comissão Européia estima que o prejuízo à saúde humana causado pela poluição custa à economia do bloco entre US$ 537 bilhões e US$ 993 bilhões ao ano.
(AP, 27/06/2006)
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