Pesquisa com resíduos de carvão de térmicas recebe prêmio internacional
2006-06-28
A transformação de resíduos de carvão das térmicas em material capaz de descontaminar a água foi o resultado de uma pesquisa conduzida por Denise Alves Fungaro, do Centro de Química e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Por isso, a pesquisadora receberá na próxima quinta-feira, 29 de junho, prêmio da Rede Mediterrânea UNITWIN/Cátedras Unesco, durante o 8º Encontro Internacional de Águas, em Cannes, França.
Na pesquisa foram utilizadas cinzas de carvão da usina termelétrica de Figueira, no Paraná. O material absorvedor gerado – a zeólita – foi utilizado para descontaminar a água proveniente da galvanoplastia, processo que consiste em depositar um metal sobre outro para melhorar suas propriedades. Em média, foi obtido 88% de remoção de zinco na água, que manteve-se dentro dos limites permitidos pela legislação para descarte no meio ambiente. Cada quilo de zeólita foi capaz de remover até 36 gramas do metal presente na água.
Utilizadas como matéria-prima na produção da zeólita, as cinzas podem substituir, com economia de 42% em média, o processo convencional empregado por indústrias do setor de processamento de metais. O material pode ainda ser utilizado mais vezes no mesmo processo, além de ser empregado em filtros e barreiras, na remediação de solos e no tratamento das águas de drenagem ácida geradas pela própria usina termelétrica.
(Canal Energia, 27/06/2006)
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