(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-06-28
Dores de cabeça, mal-estar e estresse estão entre os principais incômodos enfrentados pela comunidade que reside próxima a estações de tratamento de esgoto ou de aterros sanitários. Uma situação que em Campo Grande ainda não chegou a se transformar em problema de saúde pública, mas há décadas vem influenciando na qualidade de vida dos habitantes de regiões com esse tipo de "vizinhança".

É o caso de quem mora nos bairros Marcos Roberto e Taquarussu, que têm como divisa o Córrego Anhanduizinho, na Avenida Ernesto Geisel (Norte-Sul), onde funciona há cerca de 20 anos a estação de tratamento de água e esgoto Salgado Filho, atualmente gerida pela empresa Águas Guariroba. No auge da indignação, moradores desses bairros foram para a avenida protestar, reivindicando uma solução para o problema do mau cheiro.

Uma desconfortante sensação que tem como causa o gás sulfídrico, principal componente resultante da decomposição da matéria orgânica que constitui o esgoto, explica o engenheiro civil e mestre em hidráulica e saneamento Jorge Gonda, também professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e presidente da Fundação de Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul (Fuconams).

No caso das estações de tratamento, onde o sistema mais comum utilizado é o anaeróbico, o mau cheiro é recorrente. "Trata-se de um processo de decomposição incompleta, por isso há emissão de gás. Por mais que se faça tratamento, haverá alguma exalação de odor", afirmou.

Processos
Em linhas gerais, no sistema de tratamento de esgoto existem dois processos, o aeróbico e o anaeróbico. Neste último, as bactérias não precisam de oxigênio livre para viver e atuar no processo de decomposição do esgoto.

Já no processo aeróbico, mais comumente utilizado no País, os microorganismos que atuam nessas estações necessitam de muito oxigênio, o que requer mecanização, implicando portanto e mais gasto de energia em investimentos em equipamentos.

Como exemplos de sistemas aeróbicos, o engenheiro cita o sistema de tratamento da Ilha do Governador (RJ), que é de lodo ativado, e de Curitiba (PR), onde foi adotado sistema de lagoas com aeradores.

"Dentro das soluções técnicas da engenharia, é possível zerar a emissão desse tipo de odor, porém na prática se torna impossível, por ser economicamente inviável", disse, acrescentando que todas as soluções possíveis visam minimizar os impactos, sempre buscando-se a alternativa mais adequada para as características de cada estação.

Ele lembra que na época em que a Sanesul era responsável pela estação de tratamento de água e esgoto do Cabreúva, a empresa amenizou o problema mergulhando a saída de gás dentro do leito do córrego. "A quantidade de moscas que tinha e o mau cheiro diminuíram, mas alguma coisa (odores) sempre vai ter", disse.

Engenheiro defende maior conscientização
Engenheiro Jorge Gonda alerta para respeito ao meio ambiente Para o engenheiro e ambientalista Jorge Gonda, a expansão da rede de tratamento de esgoto em Campo Grande tem que vir acompanhada de amplo trabalho em outra frente, o da conscientização ambiental. "Se você andar em torno dos córregos, vai perceber que mesmo em dias secos, as galerias pluviais estão soltando água, o que significa que existe alguém lançando resíduos nos córregos, através de um sistema que deveria servir para escoar somente água de chuva. As bactérias também estão atuando nessas ligações e vai haver emissão de gás", alerta.

Aliado à expansão da rede para resolver o problema de ligações clandestinas de esgoto, ele destaca que o investimento em fossas sépticas também se mostra bastante eficiente, além de simples, desde que seja de acordo com as possibilidades de cada região. Na área central, exemplifica, o problema é que por causa da grande concentração de edifícios passa a existir o problema de infiltração.

Da mesma forma, também é desaconselhado o uso de tanque séptico em regiões onde o lençol freático é superficial. Nesses casos, o aspecto preventivo é fundamental, sendo necessário melhor planejamento da administração pública e concessionária do serviço para restringir ou mesmo impedir a instalação de loteamentos residenciais em áreas com essa característica, promovendo outro tipo de ocupação. (Por Daniella Arruda e Álvaro Rezende, Correio do Estado, 26/06/2006)
http://www.correiodoestado.com.br/exibir.asp?chave=132492,1,5,26-06-2006

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -