O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) providencia material e mão-de-obra para realizar um grande desassoreamento no arroio Dilúvio. A retirada de areia está prevista para começar no final de agosto. As dragas doadas pelo Estado estão sendo reformadas e, entre 30 e 40 dias, haverá licitação para contratação de pessoal.
O desassoreamento levará cerca de seis meses e cobrirá os 12 quilômetros em que o arroio corta a Capital, até desembocar no Guaíba. Desde 2001, o Dilúvio não passava por esse tipo de trabalho.
Na operação serão empregados 30 caminhões, duas dragas e 40 pessoas. Os equipamentos retirarão oito caminhões de areia por hora. Na primeira metade do percurso, a areia será depositada na segunda parte do arroio para secar. "Isso evita que a areia molhada se espalhe e ajudará a matar os microorganismos. Assim, não ocorre impacto ambiental nos aterros inertes", explica o diretor de Obras e Projetos do DEP, Sérgio Zimmermann. Para a bióloga do órgão Cristina Bernardes, o desassoreamento do Dilúvio causará impacto ambiental pequeno. "Não haverá reutilização da areia."
O DMLU auxilia na limpeza e na manutenção das margens e das águas do Dilúvio. A retirada de resíduos de dentro da água é feita superficialmente. O DEP limpa o fundo com as dragas. Para Zimmermann, a falta de conscientização impede a durabilidade das limpezas. "É um problema cíclico. Depois da recuperação, o trabalho terá de ser feito tudo de novo." Em 2005, o DEP gastou entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões para recuperar e limpar os 18 quilômetros de canalizações da cidade.
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Correio do Povo, 25/06/2006)