Companhia Águas de Joinville pede economia de água
2006-06-26
A Companhia Águas de Joinville (CAJ) não descartou totalmente a possibilidade de
racionamento, por isso, a população deve evitar lavar muros, calçadas e veículos. O
presidente da companhia, engenheiro Henrique Chiste Neto, observou que a chuva que caiu
semana passada aumentou o nível dos rios Piraí e Cubatão, onde estão instaladas as
estações de tratamento, mas é necessário mais precipitações.
Além de monitorar os sistemas de captação de água, a companhia elaborou um plano com duas
etapas se aumentar a estiagem. Na primeira, o sistema do Cubatão, cuja vazão é de 1.300
litros por segundo, vai ser alterado para ter sua capacidade aumentada, se o nível do
Piraí, que hoje atua no limite e onde está o maior problema com a estiagem, cair ainda
mais. O Piraí produz 400 litros por segundo. Se caírem, por exemplo, cem litros, o
sistema do Cubatão vai ter a sua capacidade aumentada na mesma proporção, explicou o
diretor de operações da companhia, engenheiro Pedro Alacon. A meteorologia prevê um
inverno com incidência de chuvas abaixo do registrado em anos anteriores.
A segunda etapa somente será ativada se houver racionamento, isto é, um rodízio para o
abastecimentos das regiões. "No entanto, isso somente será necessário no caso de virmos a
enfrentar uma longa estiagem", disse o engenheiro. "Vamos torcer por mais chuvas como
torcemos pela vitória do Brasil na Copa do Mundo", brincou Chiste Neto.
Investimentos melhoram sistema operacional
Segundo o diretor de operações da Companhia Águas de Joinville, Pedro Alacon, a cidade
também está adiando o do racionamento graças aos investimentos de R$ 10 milhões aplicados
no sistema, no período de um ano da administração da empresa.
"Na zona Sul, onde existem três reservatórios de jusante (situados em finais da rede de
abastecimento) e até um ano atrás sequer recebiam água, hoje servem à comunidade",
observou o engenheiro. O R4 recebe água nos sábados, quando aumenta a pressão, pela
diminuição do consumo, e abastece a região até quarta-feira. O R12 trabalha com 50% de
sua capacidade e o R11 é considerado caixa de passagem. "Isso somente está sendo possível
pelos investimentos e mudanças implantadas", reforçou Pedro Alacon.
O diretor de operações observou que ainda existem locais altos na cidade - zona Sul e
bairro Aventureiro - regiões onde o abastecimento está comprometido, com a água chegando
com dificuldade, na maior parte da vezes somente à noite. "Falamos com transparência
sobre sobre esses assuntos porque a companhia tem a preocupação de atuar em parceria com
a comunidade a partir da discussão desses problemas", observou o presidente da empresa,
Henrique Chiste Neto.
(A Notícia, 23/06/2006)
http://portal.an.uol.com.br/ancidade/2006/jun/24/3ger.jsp