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2006-06-26
Engenheiros da Camargo Corrêa têm a tarefa de estancar o vazamento, mesmo desejo da diretoria da Campos Novos Energia (Enercan), que é a empresa que administra a usina.

- Estou mais calmo porque agora podemos identificar esse rompimento e iniciar a recuperação. O importante é que não houve nenhuma inundação na região - revelou o diretor superintendente da Enercan, Enio Schneider.

O esvaziamento da barragem foi um caso inédito registrado em obras de usinas hidrelétricas no país - os prejuízos já estão calculados em, pelo menos, R$ 30 milhões/mês. O lago que foi seco abrange uma área correspondente a 32 quilômetros quadrados e tinha profundidade que variava entre cinco metros (na cidade de Anita Garibaldi) e 180 metros, na posição situada na boca da barragem.

A quantidade de água despejada não foi calculada. O volume foi absorvido pelas usinas de Machadinho (no Rio Grande do Sul) e Itá, que estavam operando com a capacidade limitada devido à estiagem. Com a entrada desse volume oriundo do Rio Canoas nos lagos formados pelos rios Pelotas (faz divisa com o Rio Grande do Sul), em Machadinho, e Uruguai, em Itá, as hidrelétricas puderam reativar o funcionamento de duas turbinas para a geração de energia.

Entenda o caso
- A usina de Campos Novos está situada sobre o Rio Canoas, num vale que divide os municípios de Campos Novos e Celso Ramos. - A barragem foi erguida para conter o leito do rio e formar o lago com 202 metros de altura. O lado onde está a face rebocada em concreto fica em contato com a água durante a formação do lago. Ela é chamada de montante e está situada no lado onde o rio nasce. - Já o lado onde está o sistema de enroncamento (maciço de pedras compactadas) da barragem, que é formado por rochas, não fica em contato com a água. É chamado de jusante porque está na posição que indica onde o rio desemboca, na direção Sul. - Quando o lago está cheio, a água é direcionada para o canal de aproximação e para o vertedouro, que é formado por três aberturas que servem para escoar a água quando a barragem estiver cheia. A água que é direcionada para esse local segue para uma canalização que direciona a pressão para acionar as três turbinas situadas a mais de 100 metros abaixo desse nível.

Os túneis de desvio
- Para a barragem ser erguida, o leito do Rio Canoas teve que estar seco. Para isso, foram construídos dois túneis de desvios (foto) que serviram para mudar o curso da água para liberar a área durante a construção da barragem. Esse dois túneis são colocados lado a lado e ficam cerca de 700 metros distantes da barragem. O da esquerda é o número um e, o da direita, o dois.
- Eles medem 900 metros de comprimento e levam a água para dentro das rochas que servem de base do vale onde está o município de Campos Novos, e direcionam o rio para o leito normal, situado no lado da jusante da barragem. Cada túnel é formado por três comportas (vãos), que medem quatro metros de largura e 14 de altura.
- O primeiro registro de vazamento ocorreu no final do ano passado, quando iniciou o enchimento do lago, no primeiro vão do túnel dois. Essa abertura apontou uma vazão de água de 50 metros cúbicos por segundo. Esse problema foi solucionado com o uso de materiais pesados, como metais, que fecharam a rachadura. O segundo registro aconteceu em abril no terceiro vão do mesmo túnel.
- Um vazamento de 30 metros cúbicos por segundo começou nesta semana, mas a pressão da água aumentou a saída da água na madrugada de terça-feira (20/06) provocando uma saída de quase 4 mil metros cúbicos por segundo, que resultou no fechamento do túnel.
- O custo da obra é de R$ 1,5 bilhão, e a previsão de acionamento da primeira turbina era setembro ou outubro - a geração de energia será de 880 megawatts.
( Pioneiro, 23/06/2006)

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