Um dia após ter declarado que os procedimentos para recuperar o Rio dos Sinos estão com atraso de 61 anos, o diretor-presidente da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) de Novo Hamburgo, Wilson Ghignatti, disse que a companhia já está tomando medidas para diminuir a poluição do rio.

Durante o seminário promovido pelo Grupo Pensando Novo Hamburgo em conjunto com a Assembléia Legislativa, na quarta-feira (21/06), Ghignatti destacou que, há seis décadas, foram propostas melhorias no esgotamento sanitário por meio do Estado. “Até hoje nada se fez”, lamentou. Ontem (22/06), ele frisou que já estão em fase de licitação cinco projetos para tratamento de esgotos em bairros do Município. As obras, reforçou, devem se iniciar em até cinco meses. “Também estamos pedido recursos no Banco Banrisul para a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Santo Afonso”, completou.

Ainda durante o seminário, o prefeito hamburguense, Jair Foscarini (PMDB), ressaltou que o investimento será em torno de R$ 40 milhões para tratar 12% de todo o esgoto doméstico do Município. Atualmente, somente 2% é tratado. “Ainda não é tudo e precisamos fazer investimentos maciços para apresentarmos uma solução definitiva”, destacou no encontro. “Somos um dos municípios que mais polui o rio, que é o nosso manancial”, admitiu o diretor-presidente da Comusa.

ALTERNATIVA - Conforme Ghignatti, o esgoto doméstico em Novo Hamburgo representa 70% do que é despejado no rio e apenas 2% da população tem tratamento cloacal, que partiu de uma inciativa privada, o Loteamento Mundo Novo. “Para melhorarmos as condições do rio, Novo Hamburgo, São Leopoldo e também Campo Bom precisam fazer a sua parte, ou seja, o seu dever de casa”, destacou ontem o diretor, referindo-se ao tratamento de esgoto. Na proposta hamburguense, está ainda a construção de canalizações de esgotos no Arroio Luiz Rau e, futuramente, outras ramificações para vias públicas para direcionar o esgoto do Centro para a ETE.
(Jornal NH, 23/06/2006)
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