São as mesmas delícias de sempre. Pratos árabes, italianos, espanhóis e
brasileiríssimos. Só que agora preparados com produtos orgânicos. Todos
produzidos dentro dos princípios de sustentabilidade ambiental,
integridade trabalhista e viabilidade social. Esta é a proposta do
Circuito Orgânico Gastronômico de Brasília, evento que faz parte da II
Semana dos Alimentos Orgânicos, que começa hoje (23/06) e vai até o
próximo dia (30/06). A campanha é uma iniciativa do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e parceiros.
A idéia do evento é familiarizar o consumidor com os alimentos orgânicos.
Segundo o coordenador de Desenvolvimento Sustentável do Mapa, Rogério Dias,
a valorização do produto orgânico deve se dar como conseqüência da
transformação do consumidor. “A campanha visa, entre outras coisas,
trabalhar o conceito de consumo responsável. A idéia parte do princípio
de que o consumidor passe a valorizar aspectos relacionados à saúde
humana, ao meio ambiente e à justiça social, na hora de decidir pelos
produtos que vai comprar”.
Além do circuito gastronômico, a programação para Brasília durante a
Semana dos Alimentos orgânicos promete ser agitada. O circuito
gastronômico começa amanhã (23/06). No sábado, a Ceasa vai sediar
palestras, visitas de produtores de orgânicos, exposições, entre outras
atividades. Domingo, no Parque da Cidade, além de palestras, haverá
encenação de peça sobre o assunto, distribuição de mudas e degustação.
Na segunda-feira, será realizado um seminário direcionado a professores
da Escola da Natureza, no Parque da Cidade. No dia 28, acontecerá uma
feira de produtos orgânicos, entre outras atividades. Na sexta-feira, uma
excursão visitará o Assentamento de Três Conquistas, no Paranoá. A
programação local, além dos horários e os restaurantes do circuito estão
no banner “Produto Orgânico”, no sítio eletrônico do Mapa,
www.agricultura.gov.br.
Atualmente, a produção orgânica brasileira ocupa cerca de 6,5 milhões de
hectares e envolve aproximadamente 20 mil produtores, dos quais 80% são
pequenos. Entre os parceiros da iniciativa estão também os ministérios do
Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Desenvolvimento
a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Comissões da Produção
Orgânica nas Unidades da Federação (CPOrg-UF), Banco do Brasil, Sebrae,
WWF, Planeta Orgânico e Sindiorgânicos.
(Mapa, 22/06/2006)
http://www.agricultura.gov.br/
Excedente da hidrelétrica de Campos Novos está sendo absorvido por Machadinho
O vazamento na Usina Hidrelétrica de Campos Novos está sendo absorvido
pela Usina Hidrelétrica de Machadinho, entre Piratuba e Maxilimiano de
Almeida. Até a tarde de quarta-feira (22/06), cerca de 70% da água já
havia chegado no reservatório.
O gerente local da usina, Júlio César Lunardi, disse que o nível da
barragem, que estava 10 metros abaixo do normal, deve ficar em apenas dois
metros abaixo do nível máximo hoje.
Antes de domingo, quando iniciou o problema em Campos Novos, a vazão do
Rio Uruguai era de 130 metros cúbicos por segundo. De segunda (19/06) para
terça-feira (20/06), chegou a quatro mil metros cúbicos por segundo e,
quarta-feira (21/06), estava em 3,5 mil.
Em virtude do aumento da vazão a Operadora Nacional do Sistema (ONS),
determinou o aumento de 5% a 10% na geração de energia em Machadinho.
A mesma água também será utilizada para geração de energia em Itá, que
igualmente operava com 20% da capacidade.
Prefeitos tranqüilizam população
Os prefeitos dos dois municípios, onde está erguida a usina, estão
tranqüilos de que esse problema será solucionado em breve, sem riscos
para a população.
O prefeito de Campos Novos, Nelson Cruz, disse que conversou com
funcionários da empresa Campos Novos Energia (Enercan), que administra o
empreendimento, e foi informado de que o vazamento não vai ocasionar
riscos para os moradores que moram na área situada após a ruptura situada
no túnel. O prefeito revelou que não há moradores ribeirinhos na margem
de Campos Novos
- A seca deixou o baixo os leitos dos rios Canoas e Pelotas. Isso vai
fazer com que a água oriunda do vazamento preencha essa carência sem risco
de subir acima do leito normal.
No lado da margem que pertence a Celso Ramos, cerca de dez famílias moram
perto do rio. O prefeito do município Alcemar De Mattia disse que não há
risco da água atingir essas residências porque elas estão numa
localização bem acima do nível normal.
Preocupação é com atraso na reativação da balsa
A maior preocupação dele é que ocorra atraso na reativação da balsa que
faz a ligação entre os dois municípios. A embarcação, que é responsável
pelo transporte de caminhões está parada desde outubro do ano passado,
quando iniciou o enchimento do lago.
Além dessa dificuldade, o problema ocasionado pelo vazamento do túnel fez
com que a Enercan bloqueasse o fluxo pela rodovia que foi construída sobre
a barragem para reduzir a distância entre os municípios.
O trânsito entre Campos Novos e Celso Ramos está liberado apenas por
veículos pequenos. Essa travessia é feita através da ponte pênsil que faz
a ligação entre as margens do Rio Canoas.
- Os caminhões têm que ir por Anita Garibaldi. Fazem um percurso de 140
quilômetros. São cerca de 100 quilômetros a mais do que se o trajeto
fosse por Campos Novos. (Por Diego Rosa,
Diário de Santa Catarina, 22/06/2006)