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2006-06-23
A Coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) voltou a cobrar das autoridades, Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), Ministério de Minas e Energia (MME), Ibama, Aneel e Defesa Civil de Santa Catarina, que seja respeitado o direito da população de receber informações corretas e verídicas.

A indignação do MAB diz respeito ao aumento do rompimento das comportas do túnel de desvio da usina constatado na última segunda-feira (19), que acabou colocando em risco a população do entorno. Conforme o movimento, “esse é mais um capítulo triste na construção da barragem de Campos Novos”.

A população da região de abrangência da hidrelétrica construída no rio Canoas, na divisa dos municípios de Celso Ramos, em Santa Catarina e Pinhal da Serra, no Rio Grande do Sul, teria reagido com medo e revolta após a confirmação do ocorrido.

A suposta revolta da população teria motivado o fato do consórcio construtor formado pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Camargo Correa, Votorantim, Companhia Brasileira do Alumínio-CBA e Banco Bradesco a continuarem escondendo a gravidade do fato em seus pronunciamentos à população desde a descoberta do rompimento em abril último.

E de fato, em um artigo veiculado pelo jornal Gazeta Mercantil do dia 11 de maio, o presidente da empresa CPFL, Sr Wilson Ferreira Junior, se referiu da seguinte maneira a respeito do vazamento: “Estamos com um pequeno problema em função de um vazamento entre os vãos de túnel de desvio, o que deve ser resolvido em 60 dias”.

Na quarta-feira (21/06), em comunicado que circulou nos principais meios de comunicação, o consórcio Enercan afirma que há “um aumento na vazão de água por um dos túneis de desvio do rio, provocando um rebaixamento no nível do reservatório” e que esta ocorrência “não afeta as demais estruturas da hidrelétrica”. Seu diretor - superintendente, Enio Schneider, disse ainda aos jornais catarinenses que o vazamento inicial era de 30 metros cúbicos por segundo e que, agora, está em três mil metros cúbicos por segundo.

Em nota divulgada à imprensa, a direção do MAB dispara contra a Enercan: “esperamos urgentemente que as autoridades se pronunciem, pois as empresas construtoras perderam a confiança da população. Antes, diziam que não havia mais famílias atingidas pela barragem sem indenização. A Fatma provou que mais de 250 famílias atingidas não foram indenizadas. Depois, as empresas fecharam as comportas ainda sem a licença da Fatma, fato que depois tiveram que recuar. Agora mentem sobre o rompimento do túnel”.

Diz ainda a nota: A empresa em nenhum momento fez menção ao fato de que a água do lago está vazando livremente, sem nenhum controle, e que nos próximos dias todo o lago estará vazio, causando problemas sociais e ambientais imensuráveis. A população e funcionários da própria empresa, em entrevistas aos meios de comunicação, diziam-se assustados e sem nenhuma informação de como proceder.

Desde terça-feira (20/06), uma equipe de técnicos e engenheiros da Camargo Correa trabalham na tarefa de conter o vazamento, que impede que o lago da usina seja formado pela barragem, atrasando ainda mais o início da geração de energia, previsto inicialmente para fevereiro passado. Segundo informações fornecidas pela construtora ao jornal Diário Catarinense, não há previsão de conclusão dos reparos.

O custo total das obras de Campos Novos é de R$ 1,5 bilhão e deverá gerar 880 MW. Os dois túneis de desvio do curso do Rio Canoas foram abertos para facilitar a construção da barragem em 2002. Com a sua conclusão e a instalação de três turbinas, a operação de fechamento das comportas e enchimento do lago começou em outubro de 2005.

Naquele mês foi registrado o primeiro vazamento num dos túneis, solucionado depois de 25 dias de trabalho. Na retomada do enchimento do lago, a abertura apresentou novos problemas. Desta vez o vazamento de água ocorreu no terceiro vão do túnel dois. Essa contenção ainda não foi controlada.
Por Carlos Matsubara, com assessorias do MAB e do Consórcio Enercan, 23/06

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