Os peixes mortos no rio Gravataí, em Canoas, foram retirados, apesar da chuva forte. O diretor de Fiscalização, Licenciamento e Controle Ambiental da Secretaria de Preservação Ambiental da prefeitura de Canoas, Marco Rosa, avaliou que a correnteza fez com que quantidade significativa de peixes, em adiantado processo de putrefação, fosse levada para o Guaíba, onde se dispersou.
Os animais que apareceram agora morreram devido ao vazamento de produtos químicos, ocorrido no dia 13, após incêndio na empresa MBN, em Cachoeirinha. Acompanhado de sua equipe, Marco Rosa percorreu as margens do rio, incluindo a área do arroio das Garças.
Em Cachoeirinha, o secretário municipal de Meio Ambiente, Breno Munhoz, esteve ontem na MBN para verificar se ocorreu o vazamento de resíduos químicos do pátio da empresa para o arroio Passinhos, devido à chuva. "Não constatamos nada", afirmou, observando que o bombeamento da água acumulada no lago de contenção dentro da empresa estava sendo realizado.
Já a Corsan mantém a suspensão da captação de água no rio Gravataí, em Cachoeirinha, até ter certeza de que todos os riscos de contaminação foram afastados. O superintendente da Corsan na região Metropolitana, Rogério Bandeira, explicou que análises da água estão sendo feitas pela empresa, que tem assegurado o abastecimento completo de Cachoeirinha por meio da rede de Alvorada e Canoas.
A Fepam também continua verificando a situação de impacto ambiental. Entre os envolvidos no monitoramento houve consenso de que a chuva de ontem pode ter contribuído para diluir os resíduos químicos na água.
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Correio do Povo, 22/06/2006)