Cruz Vermelha alerta para falta de água no Iraque
2006-06-22
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou na quarta-feira (21/06) para a falta de água em diversas regiões do Iraque. Segundo o CICV, na Província de Al Anbar (oeste), o acesso ao Ramadi é restrito e os estoques de alimentos e suprimentos médicos também estão chegando ao fim, ao mesmo tempo em que grande parte da população não tem acesso aos serviços públicos.
De acordo com a organização humanitária, alguns moradores tentam fugir da região para driblar as dificuldades. Grande parte da cidade está sem energia elétrica desde 22 de maio e, devido à falta de combustível, os geradores só podem funcionar por uma ou duas horas diárias. Como conseqüência, as estações de fornecimento de água não conseguem suprir a necessidade dos 300 mil moradores e das instalações médicas locais. A seca e o tempo quente agravam a situação, de acordo com a organização.
O CICV começou a distribuir 30 mil litros de diesel para a maior estação de tratamento de água de Ramadi, o que permitirá suprir as necessidades locais por ao menos duas semanas. No dia 18 de junho, a organização também doou 20 mil bolsas de água potável para as autoridades sanitárias de Ramadi para redistribuição a várias instalações médicas da região.
Fallujah
Em Fallujah, no sudeste de Ramadi, onde o acesso tem sido controlado há meses, também foi registrada falta de combustível e de energia. No dia 18 de junho, o CICV coordenou a distribuição de 15 mil litros de combustível para as duas unidades de tratamento de água e a mesma quantidade para estações de tratamento de esgoto.
A região de Sadr, em Bagdá, também sofre com a falta de água crônica provocada por problemas na rede de fornecimento e pelas temperaturas elevadas. Na última semana, foram distribuídos mais de 30 mil litros diários de água para o Hospital Ali, o maior da área. O CICV também instalou tanques de 10 mil litros de água para atender às necessidades de ao menos 3.000 famílias deslocadas de Sadr.
(Folha Online, 21/06/2006)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u97158.shtml