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2006-06-21
Criado na década de 60 na região leste de Florianópolis para experimentação com espécies exóticas como o Pinus e o Eucaliptus, o Parque Florestal do Rio Vermelho (PFRV), embora oficializado por decreto federal, não integra nenhuma categoria do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Na próxima sexta-feira, dia 23/06, às 19h30min, a sede da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC), receberá a comunidade para uma reunião aberta com o objetivo de informar sobre o manejo do Parque.

No PFRV há vasta plantação de Pinus e Eucaliptus. Essas duas espécies exóticas são caracterizadas pelo seu poder de disseminação, invadindo áreas e encostas, reproduzindo-se consideravelmente e influenciando de maneira direta no meio ambiente local. São responsáveis pela perda de fertilidade dos solos e também por dificultar a manutenção da diversidade de espécies da fauna e da flora do local, caracterizado originalmente como bioma de restinga.

Além disso, o pinus e o eucaliptus são espécies reflorestáveis e economicamente vantajosas. Atualmente as árvores estão sendo retiradas pela Cidasc, e isto gera polêmicas entre a comunidade e ONGs atuantes no que diz respeito ao destino dos recursos do corte das árvores exitentes. O problema se configura em função do risco de ocorrerem irregularidades com o Patrimônio Público, como as invasões da área do Parque depois de desmatada, retirada de árvores nativas indevidamente, entre outros.

A proposta mais adequada, segundo as entidades organizadoras do evento, consiste na elaboração do Plano de Manejo, que necessita ser precedido pela regulamentação da área como Parque Estadual, previsto no Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC, que segue as categorias do SNUC. Após ser declarado Parque Estadual e elaborado o projeto do Plano de Manejo, seria realizado o corte dos pinus remanescentes. O objetivo das entidades é garantir a qualidade do espaço público, e ver revertidos os recursos diretamente para a implmentação do Parque em conformidade com a legislação vigente (SNUC). A receita financeira proveniente da extração de pinus e eucaliptus deve superar os R$ 3 milhões. Caso já estivesse enquadrado na legislação vigente (SNUC ou SEUC), o PFRV poderia utilizar este dinheiro para a efetivação de sua implementação, através do georeferenciamento e demarcação de seus limites, reflorestamento com espécies nativas, entre outras ações relacionadas à sua gestão.

É importante considerar que o território, uma vez ocupado por espécies exóticas e protegido não permitiu a completa urbanização da área, realidade encontrada em várias regiões vizinhas ao Parque. Ainda assim, a área do Parque sofreu com a grande influência humana através da abertura de inúmeros canais de drenagem em terras alagadiças, bem como da agressão pela especulação imobiliária na região, a qual descaracterizou o local, que possui nascentes de dois importantes cursos dágua na região de entorno do Parque – a nascente do Rio Vermelho e a do Rio João Gualberto.

A problemática do Parque Florestal do Rio Vermelho e seu entorno é bastante complexa, uma vez que ali já existem habitantes que dependem economicamente do local, seja através das atividades extrativistas ou do comércio, além de dois campings e da circulação de veranistas e freqüentadores da Praia do Moçambique, a mais extensa da Ilha. O PFRV já existe desde 1974, doze anos depois de ter sido denominado uma Estação Florestal.

A reunião é uma realização conjunta entre Cidasc, Associação dos Moradores do Rio Vermelho, Associação de Surf do Moçambique e Aliança Nativa.
Por Michele Cardoso, Associação Ecológica Aliança Nativa

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