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2006-06-21
Na noite de segunda-feira (19/06) chegou à mesa da ministra Dilma Roussef, da Casa Civil, já assinado pela sua colega do Meio Ambiente, Marina Silva, o decreto de criação do Parque Nacional dos Campos Amazônicos em um mihão de hectares de terras da União no sul do Amazonas. A nova Unidade de Conservação vai proteger uma vegetação incomum, marcada por extremos. Ela abriga uma área de cerrado encravada bem no meio de florestas abertas e densas, onde vivem muitas espécies não descritas ou sequer descobertas de aves e primatas.

Nos últimos anos, com a subida da fronteira agrícola rumo ao Norte do país, esse terreno de cerrado amazônico plano, com poucas árvores, ideal para o plantio de grãos, começou a atrair grileiros. O decreto de criação do Parque interfere mortalmente nesses planos. O combinado era que o presidente Lula o assinasse ainda na terça-feira. Mas no Ibama, escolados na sua experiência, os técnicos reponsáveis pelo trabalho de levantamento e demarcação da nova Unidade de Conservação diziam que só iriam celebrar depois de ver a tinta da caneta secar no papel.

O novo Parque , que se estende de Manicoré, as margens do Madeira, até a cabeceira do Guaribas, quase na fronteira com o Mato Grosso, começou a ser planejado em 2002, quando o Ministério do Desenvolvimento Agrário ofereceu glebas suas ao longo da Transamazônica para a criação de áreas protegidas. A idéia era usá-las como compensação ambiental para a devastação que varreu a mata em muitos de seus assentamentos na região.

Do ponto de vista técnico, o trabalho andou sem problemas. Do ponto de vista político, entretanto, foi um sufoco. O governo federal estava unido em torno do parque. O governo do estado do Amazonas preferiu ficar quieto. Mas a oposição, principalmente de interesses agrícolas, berrou muito alto contra. As três audiências públicas feitas para debater a proposta do parque foram concorridíssimas e marcadas por tumultos e discussõe emocionadas. O vento de proa não foi suficiente para esvazir a vontade federal de transformar os campos amazônicos num Parque Nacional, mas emperrou o processo.

Ele voltou a andar em março, quando Manaus precisou da ajuda do governo federal para criar duas reservas extrativistas, a de Unini e Apiraxi, próximas ao parque nacional do Jaú. O decreto deve sair junto com de criação do novo Parque. Em troca, o governo estadual, discretamente, ajudou a segurar a oposição. Há duas semanas, uma reunião na Casa Civil que pôs na mesma mesa gente dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Ibama e Incra chegou a um acordo sobre o desenho final do Parque Nacional dos Campos Amazônicos. Agora, só falta Lula assinar o decreto.
(Manoel Francisco Brito, O Eco, 19/06/2006)

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