A novela envolvendo a retomada do processo de regularização fundiária do
Parque Estadual da Serra do Tabuleiro deverá entrar nos últimos capítulos.
Esta é a estimativa do Fórum Parlamentar Permanente que apresentou
segunda-feira (19/06), na Assembléia Legislativa, ações para resolver os
problemas que há mais de 30 anos são identificados no local.
Propostas como a desanexação do entorno do parque passam a entrar no
cronograma de implantação das ações que também prevê um estudo
georreferenciado dos limites da área, que atualmente compreende um
território de aproximadamente 87 mil hectares, o equivalente a 43 campos de
futebol.
Entre as propostas entregues, as divergências nas aplicações de recursos
provenientes dos termos de ajustamento de conduta aplicados na área de 500
metros do entorno do parque foram questionadas entre os poucos
representantes que estiveram no plenário.
O grupo formado para estudar a saída para a resolução dos impasses na
região da Serra do Tabuleiro propôs a revisão dos critérios de ajustamento
de conduta até o fim deste mês.
Ainda no cronograma, o georreferenciamento das áreas ficou agendado para o
segundo semestre deste ano.
Área com cerca de 5 mil moradores
De acordo com representantes do fórum, a área que compreende a serra conta
com aproximadamente 4 mil moradores. Outros 18 mil contam com algum tipo de
restrição em torno de algumas peculiaridades do parque.
De acordo com o biólogo e chefe da unidade de gestão da Fundação do Meio
Ambiente (Fatma), Alair de Souza, a prioridade será a de legalizar as
construções existentes na área de preservação.
A medida deverá definir critérios para a indenização de famílias que, em
princípio, não precisarão deixar suas terras.
Já as pessoas interessadas em montar um empreendimento no local terão que
se submeter ao sistema de concessão da área.
- Quem abrir um hotel para explorar o ecoturismo vai cumprir um prazo de
concessão - justificou o chefe da Fatma.
A apresentação das propostas vai percorrer as localidades durante
audiências públicas.
(Por Ariadne Niero,
Diário Catarinense, 20/06/2006)