O transporte de cargas perigosas chegou a alertar um sério risco ambiental
no acidente entre dois caminhões que ocorreu segunda-feira à tarde (19/06)
em Palhoça. O caminhão que tinha embalagens de hipoclorito de sódio
carregava caixas vazias e o fogo atingiu apenas o outro veículo. Mas para
evitar um desastre contra a natureza, o produto foi retirado com cuidado da
pista.
Para fiscalizar o transporte de cargas tóxicas ou explosivas, Santa Catarina
conta com o Programa Estadual de Controle do Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos. Ao todo, 13 entidades, com a liderança da Defesa Civil,
fazem fiscalizações em rodovias federais e estaduais a cada 15 dias.
Apesar da regulamentação exigida, Giovanni Matiuzzi Zacarias, tenente da
Defesa Civil, disse que os principais problemas notados em acidentes com
produtos perigosos são a imprudência, o excesso de velocidade e as pistas
esburacadas.
- Os mesmos problemas, de certa forma, são notados nas ferrovias. Ano
passado, em Mafra, o derramamento de óleos vegetal e diesel causou um
grande problema ambiental.
Para fazer o transporte de produtos considerados perigosos, o motorista
precisa passar por um rigoroso curso promovido pelo Serviço Social do
Transporte (Sest) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat).
Identificação dos produtos auxilia trabalho dos bombeiros
Com este curso, chamado de Movimento e Operação de Produtos Perigosos
(Mopp), os motoristas aprendem a tomar todas as precauções para conduzir
veículos com cargas especiais, como manter próximo equipamentos de proteção
individual e ter equipamentos como cone e triângulos necessários para isolar
a área em caso de acidente.
- O curso é obrigatório e precisa ser renovado a cada cinco anos, junto com
a Carteira Nacional de Habilitação - disse o tenente.
A identificação dos produtos carregados serve para identificar os que podem
ser misturados com água para facilitar o trabalho dos bombeiros.
(
Diário Catarinense, 20/06/2006)