A alta dos preços do petróleo deflagrou uma corrida mundial para ver quem
alcança primeiro a alternativa definitiva aos combustíveis fósseis. Embora
a maior parte dos especialistas reunidos no 7º Michelin Challenge Bibendum
admita que qualquer alternativa comercialmente viável – que não seja o
álcool – só deva surgir em 2025, a China estabeleceu, como desafio,
implantar uma rede de veículos movidos a célula combustível (híbrido de
bateria elétrica e combustível fóssil), em Pequim, até 2010.
Presidente da Universidade de Tongjy, Gang Wang revela que o governo chinês
impôs como desafio a reversão da imagem do país como um dos grandes
agressores do meio ambiente. Por conta do aumento do total de emissões de
CO2, a partir de 1998 uma série de decisões foram tomadas com vistas a
reduzir a poluição do país. O automóvel, que um dia foi considerado símbolo
de status da nova China, foi considerado o grande vilão ambiental, segundo
Gang.
De acordo com dados apresentados pelo especialista chinês durante o evento,
entre 2000 e 2004 ocorreu aumento de 2 milhões para 5,1 milhões do total de
veículos em circulação só em Pequim. Com isso, ocorreu um salto do total
de importações chinesas de petróleo, que passaram de 70 milhões de
toneladas/dia para 120 milhões de toneladas/dia.
(Por Ricardo Rego Monteiro,
Gazeta Mercantil, 19/06/2006)