(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-06-19
Pelo segundo ano consecutivo, ambientalistas do Rio Grande do Sul saíram sábado (17/06) às ruas de Porto Alegre em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho. A caminhada contou com cerca de 20 ecologistas, que, depois de dois finais de semana, conseguiram realizar a atividade, antes adiada em função de ameaças de chuva. Por causa dos problemas de data, a passeata foi bem mais modesta que a do ano passado, que contou com cerca de 200 pessoas. Apesar disso, os participantes não se intimidaram e festejaram a data, ao mesmo tempo em que demonstraram sua revolta com o governo do estado.

Com o slogan “A Paciência no Limite”, resposta à atual campanha “A Vida no Limite” da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o trajeto foi iniciado no Monumento do Expedicionário, no Parque Farroupilha (Redenção) e concluído em frente a uma das sinaleiras da avenida Osvaldo Aranha. Os ambientalistas tiveram como alvo iniciativas do poder público que, em sua visão, foram prejudiciais à ecologia. No início do protesto, uma faixa apresentava “ambientalista X governo”, deixando clara a indignação dos manifestantes. Com gritos de guerra como “ela foi vendida pra multinacional; onde foi parar a justiça ambiental” e “cidadão, seja consciente; todo dia é do meio ambiente”, os ativistas chamaram a atenção de quem caminhava pela Redenção ou passeava no brique. Microfones, material informativo, alto-falantes, tambores e outros instrumentos musicais fizeram parte da ação.

O veto da organização não-governamental (ONG) Amigos da Terra Brasil (NAT/Brasil) a uma das cadeiras do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) foi um dos motes do protesto. A iniciativa contraria, na visão dos ecologistas, a resolução 107 do próprio conselho, que determina que a vaga deve ser ocupada por entidades de defesa ambiental. O NAT/Brasil foi substituído pelos Amigos da Floresta, ONG acusada de representar os interesses do setor florestal. O filósofo Vicente Medaglia, do Inga (Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais), destacou que o fato é grave e acusou o governo de excluir a participação dos ambientalistas do Consema. “Isso torna evidente que governo não nos quer no Consema e não respeita o meio ambiente.”

Ao lado da questão do Consema apareceram as críticas à expansão da silvicultura no estado, em especial na região do pampa. Nas faixas apareceram provocações como “Qual você prefere: eucalipto ou biodiversidade” e “Não ao deserto verde, viva o pampa gaúcho”. E mais provocações surgiram com o grito “Aracruz, não me engana./O eucalipto vai secar o nosso pampa”, entoado com mais força e que ganhou adesão de carros que passavam pela rua José Bonifácio.

Medaglia lembrou que pinus e eucaliptos são plantas exóticas, e chamou a atenção para a maior polêmica acerca das árvores – a retirada de água do solo. Lembrou, ainda, da isenção de impostos das transnacionais, que conseguem “facilidades” e “vantagens” para se instalar no Brasil. “O que é ruim para a Europa vem para cá. Não querem mais essas fábricas lá, então elas vêm para o Brasil, onde está tudo liberado”, ataca Medaglia.

Simpatizante da causa ecológica, o músico e ator José Carlos Peixoto, mais conhecido como Zé da Terreira, percebe uma “certa cumplicidade” entre o Estado e as grandes indústrias. O artista entende que o governo deveria arbitrar as decisões, mas se tornou um “refém” das empresas. “Parece que a cultura da indústria é uma necessidade”, acredita. “Mas um evento como esse serve para registrar a importância do meio ambiente, para alertar essa sociedade lúdica e tecnológica. Temos sempre que discutir essas coisas.”
Por Patrícia Benvenuti, 19/06/2006

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -