O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai disciplinar a utilização da irradiação ionizada em produtos de origem vegetal como tratamento fitossanitário para fins quarentenários. “Trata-se de mais um mecanismo para prevenção da entrada de doenças e pragas no país”, explicou Sheila Diana de Castro Ribeiro, da coordenação de Fiscalização do Trânsito de Vegetais, ligada ao Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Mapa.
Para discutir a proposta de Instrução Normativa que regulamentará o uso da irradiação ionizada, técnicos do Mapa se reúnem na terça-feira, a partir das 9h30min, com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Conselho Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena).
Sheila Ribeiro explicou que a irradiação de alimentos já ocorre no país, mas apenas como forma de garantir a qualidade do produto nas prateleiras dos supermercados e não como tratamento fitossanitário. Segundo a técnica, a instrução normativa será editada para regulamentar a norma internacional do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) que trata das diretrizes para utilização da irradiação ionizada (NIMF nº 18).
Atualmente, o Brasil dispõe de vários tratamentos fitossanitários para exportar ou importar produtos de origem vegetal, entre os quais o tratamento isotérmico, o de Brometo de Metila e o tratamento a frio. Ao disciplinar a irradiação ionizada, o Mapa irá atender a antiga reivindicação do setor privado, que terá mais uma opção de tratamento para produtos destinados à exportação e, conseqüentemente, maior competitividade no mercado internacional.
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Diário Popular,18/06/2006)