O Ibama vem intensificando a fiscalização contra a caça ilegal no Rio Grande do Sul. Em parceria com as polícias Federal e Civil, o órgão realizou, em maio, quatro operações de combate a esse tipo de crime. Nesse período, foram apreendidas 16 armas de grosso calibre, dois veículos usados pelos caçadores e 3 mil cartuchos. Segundo o analista ambiental do Ibama, Mário Sérgio Celski de Oliveira, o armamento foi utilizado para abater 56 aves silvestres e ratões do banhado.
Na última semana, fiscais do Ibama e policiais federais apreenderam cinco armas de caça, 50 cartuchos carregados, máquina de recarga de cartucho, chumbo, pólvora espoleta e 20 marrecos no entorno do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em Mostardas, Sul do Estado. Dois caçadores foram presos e autuados. Em Cacimbas, distrito de Mostardas, também foram apreendidas armas de fogo, marrecas caçadas ilegalmente, sete aves silvestres, armadilhas e um ratão de banhado.
Segundo Oliveira, essa prática, geralmente realizada por grandes grupos, causa degradação ambiental do ecossistema, pois os caçadores atiram em qualquer coisa que se mova. "Além de toda essa estratégia, eles se valem de armadilhas", explicou. A caça amadora está liberada no Rio Grande do Sul, por determinação do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em decisão proferida no dia 16 de maio.
No entanto, por falta de tempo hábil para regularizá-la e fazer as pesquisas necessárias, a cargo do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica, a atividade só recomeçará em 2007. A temporada de caça no Estado se estende de maio a agosto.
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Correio do Povo, 18/06/2006)