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2006-06-19
Uma comunidade de origem vietnamita em Nova Orleans teme que o furacão Katrina esteja provocando uma segunda tragédia: os detritos da tempestade estão se acumulando em um manguezal do bairro. O lixão fica ao lado de uma área de preservação natural e, segundo alguns, não está preparado para evitar que os dejetos se espalhem na natureza.

Os detritos da última grande tempestade na cidade, o furacão Betsy, de 1965, foram depositados em um terreno que ficou conhecido como "Superfund", cheio de material tóxico, e que hoje é nos Estados Unidos sinônimo de um desastre ambiental difícil de reverter. Para muitos, a história está se repetindo. "Quando isso se tornar um Superfund, o país vai pagar pelo resto (os prejuízos), enquanto nós pagaremos com as nossas vidas", disse ao padre Vien Nguyen, que lidera a oposição ao novo lixão, batizado de Chef Menteur (Chefe Mentiroso, em francês), na zona leste de Nova Orleans.

O Departamento Estadual de Qualidade Ambiental nega que o Chef Menteur seja inseguro e garante que a área acelerará a limpeza da cidade em três ou quatro meses. "Não há comparação (com o Superfund)", disse Chuck Carr Brown, secretário-assistente de Serviços Ambientais da Louisiana. Segundo ele, o terreno do Betsy recebeu todo tipo de lixo e foi feito antes do surgimento da maioria dos regulamentos ambientais, ao contrário do Chef Menteur, que só estaria recebendo entulho monitorado.

A empresa Waste Management, que administra o local, afirma que uma limpeza mais rápida implicará mais segurança nas ruas de Nova Orleans, que ainda permanecem cheias de lixo, mais de nove meses depois da passagem do Katrina, que matou mais de 1.500 pessoas e inundou 80 por cento da cidade. O Katrina produziu 22 milhões de toneladas de entulho de construções no Estado, o suficiente para encher o estádio Superdome mais de 13 vezes.

Para acelerar a limpeza, a definição de entulho foi ampliada e agora inclui amianto, móveis e grande parte do lixo doméstico não-tóxico, pois as carcaças das casas muitas vezes são retiradas por escavadeiras com tudo dentro. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA recomendou que o Corpo de Engenheiros do Exército, que aprovou o lixão em conjunto com o Estado, examine áreas alternativas fora de manguezais ou pelo menos que vede o fundo das fossas de argila que recebem o lixo.

Em carta ao Corpo de Engenheiros, o supervisor do serviço na Louisiana, Russell Watson, disse que o lixo certamente contém produtos químicos domésticos, pesticidas e outras substâncias contaminantes. "O depósito desses materiais em uma fossa não vedada, especialmente em manguezais costeiros, pode resultar em serviço malfeito e na contaminação da água subterrânea, da água da superfície e dos mangues adjacentes", escreveu.

A Waste Management e o Estado dizem que o lixo levado para lá é cuidadosamente observado por funcionários do governo e da empresa. Os políticos estão debatendo a questão, enquanto os ambientalistas não conseguem uma liminar contra o lixão. Autoridades e o Corpo de Engenheiros dizem que o processo continua.

O padre Nguyen e ambientalistas querem fazer testes no lixo, mas não chegaram a um acordo com o governo e com a Waste Management sobre como fazer isso. Os dois lados discordam sobre o conteúdo das fossas e sobre a necessidade de uma vedação artificial. O Estado diz que o fundo natural de argila tem de três a cinco metros, o que seria mais do que suficiente.
(Reuters, 13/06/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=13416&iTipo=8&idioma=1

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