O grupo ecológico Greenpeace lançou nesta quinta-feira (15/06) uma campanha visando a persuadir o governo italiano e outros governos do Mediterrâneo a declararem 40% do Mar Mediterrâneo como área de preservação, onde a pesca seja banida. "(O Mediterrâneo) é sede dos piores excessos do mundo, tanto pesca excessiva como pesca ilegal. Alguém tem que ceder", disse o ativista da Greenpeace Alessandro Gianni, que está saindo para uma jornada de três meses pelas cidades ao redor do Mediterrâneo a fim de fazer um lobby junto ao público e aos políticos.
Os ecologistas estão preocupados com o Mediterrâneo, que representa apenas 1% dos mares do mundo, mas que tem 9% da vida marinha mundial e 30% da navegação mundial. O mar já está dando sinais de declínio irreversível.
Segundo o Greenpeace, certos tipos de peixes tiveram queda de 80% em seus estoques, por istro é necessário banir métodos como o uso de redes muito finas, além de eliminar o turismo industrial e a poluição.
O Greenpeace quer que amplas partes do Mediterrâneo sejam nomeadas áreas de proteção marinha, ficando livres da exploração humana. A ONG citou a Austrália, que em 2004 mobilizou-se para declarar 34% do recife Great Barrier como área de reserva marinha, sendo este um exemplo a ser seguido.
(Planet Ark, 16/06/2006)