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2006-06-16
À distância, as três mais novas construções do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Ilha do Fundão, zona norte, chamam atenção pelas linhas harmônicas e a graça de detalhes decorativos desenvolvidos com os próprios tijolos da fachada. De perto, o olhar é desviado para o telhado escuro e o bambu, presente nas janelas e em toda a estrutura interna de sustentação. O mais inovador do projeto, porém, fica invisível: uma redução média de 250% na emissão de carbono para a atmosfera e uma expectativa de economia de até 90% no consumo de energia.

As construções formam o Centro de Energia e Tecnologia Sustentáveis (CETS), uma iniciativa do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, em parceria com a Eletrobrás, num investimento total de R$ 932 mil. Inaugurado nesta quarta-feira, o complexo eco-sustentável foi erguido dando prioridade para os materiais renováveis e também para os produzidos com gasto de energia bem inferior ao registrado com as matérias-primas tradicionais.

No total, são 500 metros quadrados de área construída, divididas em imóveis para três usos diferenciados: habitacional, comercial e industrial. A casa ecológica tem 46 metros quadrados, dois quartos, cozinha americana, sala e banheiro. No telhado, fibra de coco; nas paredes, tijolo de solo-cimento. "Vamos monitorar tudo por aqui: consumo de energia, comportamento dos materiais, temperatura... Queremos comprovar a eficiência do projeto. E, depois, comercializá-lo. A casa popular pode se tornar uma alternativa ecologicamente sustentável e barata", disse Luiz Pinguelli Rosa, coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da Coppe.

"A casa pode ajudar a resolver o problema do déficit habitacional. E queremos fazer isso protegendo e trazendo a natureza para perto de nós, pois ela foi rechaçada com o adensamento das cidades", acrescentou a arquiteta Sylvia Rola, uma das mentoras do projeto da Coppe. Segundo ela, o material usado na cobertura da casa é facilmente encontrado em qualquer aterro sanitário. "No Rio, o consumo de coco é muito grande. Quando jogado no lixo, ele acaba virando gás metano, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. A celulose que usamos também é reaproveitada, pois vem de papel reciclado".

Outro material que tem um menor gasto de energia na sua produção é o tijolo feito com solo do próprio local, por meio da técnica conhecida como solo-cimento. Sylvia ressalta que, além de reduzir os custos em relação ao tijolo cerâmico, reduz consideravelmente a emissão de gás carbônico, liberado durante a queima da argila. Assim como a casa popular, um projeto de Andressa Martinez e Carolina Oliveira Lima, ele também foi desenvolvido por alunos da Coppe. "É terra prensada, evitando a queima de combustível", explicou Sylvia.

Igualmente renovável é o bambu usado na estrutura do telhado, fibra natural muito resistente, usado em substituição ao aço e à madeira. As construções têm ainda pé-direito alto, elemento que valoriza as condições de iluminação e ventilação do local. Outra inovação é o "telhado verde", no qual uma laje instalada na cobertura da casa recebe um determinado tipo de planta que absorve água da chuva e radiação solar, reduzindo a temperatura ambiente.
(Por Karine Rodrigues, Estadão, 15/06/2006)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/jun/14/348.htm

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