A Fepam suspendeu ontem, por tempo indeterminado, a captação de água do rio Gravataí, em Cachoeirinha, devido ao risco de um dos seus afluentes, o arroio Passinho, estar contaminado com produtos químicos que vazaram na explosão ocorrida na MBN Produtos Químicos.
Com a medida, já começa a faltar água para cerca de 200 mil pessoas, metade da população de Cachoeirinha e de Gravataí que são abastecidas pela Corsan.
Desde a tarde de ontem, técnicos da Fepam atuam na neutralização dos resíduos que vazaram para o arroio, controlando o pH da água. Entre os produtos já identificados, estão ácido nítrico, ácido clorídrico, acetona e xileno.
O engenheiro-chefe da Corsan, Luiz Ernesto Ferraretto, estima que, com a interrupção, a companhia esteja atuando com metade da vazão. A água captada do arroio das Garças, em Canoas, mantém o fornecimento de 300 litros/segundo. O técnico de Serviços Emergenciais da Fepam, engenheiro químico André Milanez, afastou a possibilidade de a população ter que deixar de beber a água que vem sendo fornecida, pois ela "foi captada e teve tratamento antes da contaminação do arroio".
(Correio do Povo, 14/06/2006)