(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-06-14
Pela primeira vez, a sociedade civil teve direito a uma audiência pública decente. A avaliação é da Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema), sobre a audiência realizada Assembléia Legislativa nesta segunda-feira (12), para discutir as expansões das empresas Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST).

A audiência, promovida pela Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, apesar do pouco tempo, permitiu que representantes da sociedade civil organizada se manifestassem, questionassem e criticassem a postura das poluidoras no Estado, levando a AL a fazer uma série de solicitações.

Segundo Freddy Guimarães, da Acapema, essa foi a primeira vez que a CVRD admitiu em audiência pública que precisa melhorar. E que a sociedade pôde apontar erros do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).

"Estamos caminhando, foi uma audiência que podemos chamar de decente, diferente das outras. Mas não é tudo. Outras foram marcadas, o Iema deve se explicar no próximo dia 21, e este é um órgão atrasado na posição de fiscalizador. É a chance do órgão sair de quase parceiro das poluidoras e assumir seu dever", disse.

Segundo os ambientalistas presentes, a audiência foi válida principalmente porque quanto mais discutido e explicado, mas fácil fica da sociedade fiscalizar. Falaram na audiência médicos, cientistas, artistas, sindicalistas e representantes de associações de moradores. Todos eles com o objetivo de mostrar a indignação pelos anos ignorados, já que em nenhuma audiência puderam expor seus sentimentos sobre os danos causados por estas empresas.

Ainda assim, o tempo da audiência foi criticado. Foram apenas cinco minutos para cada pergunta, mas bem aproveitados. A sociedade conseguiu mostrar resultados de estudos, questionar e cobrar diretamente as empresas sem ser boicotada.

Os representantes da sociedade civil não se limitaram a perguntar. Os representantes da sociedade civil chegaram munidos não só de inúmeras experiências com o "pó preto", mas também com documentos, experimentos, trabalhos científicos e dados sobre doenças causadas pela poluição respirada diariamente pelo capixaba. Os telespectadores que assistiam a TV Assembléia também puderam questionar, por um telefone e email da deputada Janete de Sá. Entre as perguntas mais freqüentes, estavam questões sobre a solução do problema com o "pó preto", o que as empresas fazem com os seus resíduos sólidos, entre outras.

Tantos dados resultaram em uma série de solicitações da Assembléia Legislativa. À CST foi pedido um relatório de sustentabilidade ambiental para análise dos deputados e para que fique disponível em sua biblioteca. Também foram solicitadas cópias de um relatório da Acapema sobre problemas causados pela poluição e descumprimentos de condicionantes por parte das poluidoras.

Os estudos epidemiológicos exigidos pelo Conselho Estadual de Saúde, que as empresas deveriam ter apresentado à sociedade, também deverão ser entregues à AL, assim como uma série de informações de como se dá o processo de expansão destas empresas, os cuidados com acidentes e iniciativas anti-poluentes. A AL também fez uma solicitação que há anos é proposta pela sociedade civil, um monitoramento em residências para saber como funciona a incidência do pó, definindo ações para que o incômodo acabe. E ainda um relatório sobre o controle ambiental e a saúde de seus trabalhadores.

Os ambientalistas, médicos e demais representantes da sociedade civil esperam agora que todos os documentos sejam apresentados, e assim seja dada continuidade à seriedade da audiência.

No próximo dia 21, uma nova reunião será feita para que o Iema esclareça dúvidas e responda algumas questões feitas no encontro. Por falta de tempo, o órgão não conseguiu esclarecer as dúvidas e deverá ainda explicar como funciona a Rede de Monitoramento do Ar da Grande Vitória.

Um técnico independente também deve ser contratado pela AL para acompanhar uma visita aérea e terrestre da Comissão de Meio Ambiente às empresas. Segundo a deputada e presidente da comissão, Janete de Sá (PSB), a intenção é esclarecer as dúvidas sobre a localização da pretendida expansão e discutir junto ao técnico as particularidades apontadas na audiência como a predominância dos ventos, correntes marítimas, entre outros pontos apontados como fundamentais para que não haja mais expansão no Complexo de Tubarão e Planalto Serrano.
(Por Flávia Bernardes, Século Diário, 13/06/2006)
http://www.seculodiario.com.br/arquivo/2006/junho/13/index.asp

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -