Mais de 50 empresas já deram sinal de que desejam assumir a limpeza urbana da capital. Elas buscaram o edital, lançado em maio, com as regras e os
serviços que deverão prestar caso vençam. A expectativa do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) é de que a Capital tenha um novo serviço a
partir de 2007.
- Para se ter uma idéia, hoje, o DMLU tem a responsabilidade sobre 15 tipos
de serviço. Depois dessa licitação, serão 25. É que haverá muitos que hoje
não estão definidos. É o caso da limpeza de monumentos, de córregos e riachos,
varrição mecânica e até lavagem de locais onde ocorrem feiras - disse o
diretor-geral do DMLU, Garipô Selistre.
Segundo ele, em 10 de julho as propostas deverão ser analisadas, vencendo a
com menor preço. Com algumas mudanças no edital, Selistre admite atraso de 10
dias nessa previsão.
Os serviços foram divididos em dois agrupamentos para a disputa, sendo um
para coleta e destino do lixo e outro para limpeza e manutenção de espaços
públicos. Em cada categoria, podem concorrer de uma a três empresas.
Desde 2005, o DMLU desenha mudanças no sistema. Um relatório apresentado à
Câmara revelou um orçamento milionário sendo gasto em pessoal. O resultado
seria uma defasagem de 15 anos em relação a outras capitais.
Mas antes, a licitação passará por análise do Tribunal de Contas do Estado
(TCE). Motivado por uma carta, o Ministério Público (MP) solicitou "Inspeção
Especial" do tribunal.
- Não significa que achamos irregularidades. Apenas pedimos o esclarecimento
de alguns aspectos, achamos que será bom para o processo. O principal é a
participação de um pessoa de fora dos quadros do DMLU e da prefeitura na
confecção do edital - explicou o procurador-adjunto Geraldo da Camino.
O diretor-geral do DMLU iniciou nesta semana uma série de visitas ao TCE, MP,
Polícia Federal e Secretaria da Justiça e da Segurança. A intenção é colocar
todas as informações à disposição dos órgãos.
- Contratamos uma consultoria para atuar no termo técnico do edital. Esta
pessoa é que sempre esteve presente, é funcionária. Estamos tranqüilos, tudo
foi debatido com as partes envolvidas - afirmou Selistre.
(
Zero Hora, 13/06/2006)