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2006-06-13
Barcos, jipes, helicóptero e avião serão utilizados pela equipe da Expedição Juruena-Apuí para percorrer mais de mil quilômetros do recém-criado Parque Nacional do Juruena e do Mosaico de Apuí. Será a primeira vez que um grupo de técnicos de conservação ambiental, biólogos e jornalistas visitam a área, decretada parque nacional no último dia 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente –, para colher dados sobre a rica biodiversidade local. Com duração de 20 dias, entre 13 de junho e 2 de julho, a expedição também irá detectar focos de garimpo e o modo de vida de comunidades tradicionais, como os povos Kayabi e Apiacás que vivem na região. A iniciativa é do WWF-Brasil (Programa de Áreas Protegidas e Apoio ao Arpa), Ibama, e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), e conta com parceria do ICV (Instituto Centro da Vida) e do WWF-Alemanha.

Essa ação enquadra-se nas atividades complementares do WWF-Brasil em apoio à implementação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). “Esse programa representa a mais importante e talvez a maior iniciativa de conservação no mundo, e para isso toda Rede WWF se mobiliza”, afirma a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Cláudio Maretti, coordenador do WWF-Brasil para Áreas Protegidas entende que “as informações levantadas nessa viagem serão preciosas para subsidiar a elaboração do plano de manejo do parque, de forma a continuar dando apoio ao programa do governo federal de Áreas Protegidas na Amazônia, o Arpa, com um dos nossos focos principais nessa região prioritária”. Localizado no norte do estado do Mato Grosso e sul do Amazonas, o recém-criado Parque Nacional do Juruena conta com uma área de quase 2 milhões de hectares. É o terceiro maior parque do Brasil, atrás apenas do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (com 3,9 milhões de hectares) e do Parque Nacional do Jaú (com 2,3 milhões hectares). Os dois últimos já recebem suporte do Programa Arpa.

Área de extrema variedade biológica, o Parque Nacional do Juruena é lar de espécies que correm risco de extinção em outras regiões da Amazônia, como a onça pintada Panthera onca, a ariranha Pteronura brasiliensis, o gavião real Harpia hapia, o peixe boi Trichechus inunguis, e deve proteger possíveis espécies que ainda nem sequer foram catalogadas pela ciência, por ser uma área pouquíssimo pesquisada. O decreto do governo federal criando a área protegida era uma reivindicação antiga do movimento ambientalista. Algumas das instituições que apóiam sua implementação também participaram da construção da sua proposta de criação. O parque nacional era uma das últimas unidades de conservação que faltavam ser criadas para completar o corredor meridional da Amazônia, importante tanto pela sua qualidade ecológica, como para resistir ao avanço do desmatamento que vem de sul para norte do Brasil, além do que, já nasce com apoio garantido pelo programa Arpa.

“Nessa região foram registrados os maiores índices de desmatamento nos últimos anos, principalmente pela expansão da fronteira agrícola. Com a criação de novas unidades de conservação e a presença do poder público no local, esses índices devem diminuir”, afirma Gustavo Irgang, coordenador de conservação do ICV, explicando que o corredor é uma importante linha de defesa para controlar a expansão da degradação da floresta amazônica.

A terceira fase da expedição será no Parque Estadual do Sucunduri, localizado no Mosaico de Apuí, sul do estado do Amazonas, onde uma equipe de 15 pesquisadores da SDS estarão fazendo inventários de fauna e flora, com grande chance de serem encontradas novas espécies. “O Mosaico do Apuí foi criado pelo governo do estado do Amazonas no segundo ano de nossa gestão e agora, conforme o previsto, estamos enviando pesquisadores para iniciarem os estudos para subsidiar o plano de manejo da área. Esse mosaico é uma barreira verde contra o avanço do arco do desmatamento no sul do estado”, declarou o secretário de estado do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável do Amazonas, Virgílio Viana. Arpa

Criado oficialmente em 2003 pelo governo brasileiro, o Arpa tem como objetivo consolidar 50 milhões de hectares de unidades de conservação na Amazônia, ao longo de 10 anos, incluindo a criação de cerca de 38 milhões de hectares de novas áreas protegidas (desde 2000). Até o momento, são mais de 20 milhões de hectares protegidos criados com apoio desse programa e quase 8 milhões de hectares em processo de consolidação. Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Arpa é implementado pelo Ibama em parceria com governos estaduais da Amazônia que aderiram ao programa. A gestão financeira e os processos de aquisição e contratação são de responsabilidade do Funbio. Também participam do programa o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Banco Mundial, o KfW (banco de cooperação da Alemanha), a GTZ (agência de cooperação técnica da Alemanha) e o WWF-Brasil, com doações e cooperação técnica.

O WWF-Brasil participou da criação, da implantação, do planejamento, da gestão e da execução do programa, bem como atua na sua manutenção em longo prazo. Além do depósito de US$ 4,5 milhões no Fundo de Áreas Protegidas (FAP), desde 2003 a organização já destinou cerca de US$ 10 milhões para a execução do ARPA – para os processos de criação e implementação das unidades de conservação, como pesquisa, compra de equipamentos, infra-estrutura etc.– parte dos US$ 70 milhões com os quais se comprometeu colaborar no prazo de 10 anos.

“Além das inovações do Arpa esta nossa expedição inicia a demonstração de uma nova forma de implementação de áreas protegidas na Amazônia, pois com o envolvimento destes e outros parceiros, e o apoio do programa Arpa, podendo eventualmente, até se chegar no futuro na constituição de um fundo fiduciário específico para essa importante região, composta pelo Parque Nacional do Juruena e Mosaico do Apuí, procuraremos desenvolver um caso de participação e informação científica desde o início da sua gestão”, afirmou Marcos Pinheiro, técnico especializado em áreas protegidas do WWF-Brasil e coordenador da Expedição Juruena-Apuí.
(WWF Brasil, 12/06/2006)
www.wwf.org.br/pantanal/default.htm

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