As denúncias de possíveis irregularidades no processo licitatório para a contratação de serviço de limpeza urbana de Porto Alegre começam a gerar dúvidas nas empresas candidatas. A informação é do diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Garipô Selistre, que foi ontem ao Ministério Público Especial (MPE) prestar informações sobre o processo.
O dirigente diz que as denúncias partiram de interesses localizados e ressalta que está tranqüilo quanto à transparência do procedimento adotado. "Há pessoas que não querem que saia a licitação porque, caso isso ocorra, seremos obrigados a fazer os famosos contratos emergenciais", afirma. Conforme Selistre, dos 38 contratos que hoje vigoram no DMLU, a maioria estaria por vencer.
Na sexta-feira, o MPE entrou com representação junto ao TCE, pedindo a apuração das supostas irregularidades no edital de concorrência lançado pela prefeitura da Capital em 12 de maio. O procurador-geral do MPE, Cézar Miola, disse que o TCE examinará os fatos e "irá dar o tratamento que entender melhor".
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Correio do Povo, 13/06/2006)