A Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Araucária, entra em operação na
segunda-feira (12/06), quando inicia o recalque dos esgotos. Como é um
processo natural e biológico, a decomposição do esgoto se dá através de
microorganismos, bactérias que levam tempo para começar a atuar sobre a matéria
orgânica dos esgotos.
Com o início da transposição, do recalque do lodo para as
lagoas, a ETE entra em operação a nível pleno. O superintendente regional da
Corsan, Vladimir Rezende, explica que esse tempo depende das condições
climáticas (temperatura, vento, horas de sol diárias), o que leva cerca de
quatro a seis meses. E somente para encher as lagoas o tempo previsto é de dois
a três meses.
O investimento da ETE Araucária foi de R$ 5,2 milhões entre as duas etapas. As
obras de terraplana em iniciaram em maio de 2001 seguindo até março de 2003. Em
maio de 2005 as obras foram retomadas. Naquele mês elas foram retomadas e
concluídas agora. Rezende salienta que a entrada em operação da ETE, é um marco
para a história do saneamento municipal. “É uma reivindicação quase tão antiga
quanto a história da Corsan no município. E com a entrada em operação da ETE, a
Corsan estará resgatando esse compromisso com a sociedade na medida em que
passará a tratar com altíssimo grau de eficiência todo esgoto que hoje é
coletado na área central do município, o que abrange aproximadamente 20% das 63
mil economias que hoje são abastecidas de água em Passo Fundo”.
A engenheira química da Corsan, Catarina de Lucena, utilizou a tribuna da
Câmara na sessão plenária de quarta-feira para apresentar dados sobre a Estação.
Conforme Catarina, a ETE vai funcionar através de um tratamento biológico,
denominado de estabilização, onde o esgoto passa por três etapas de
processamento, até alcançar um grau de redução na carga orgânica de
aproximadamente 90% e de coliformes em torno de 99%, nível considerado bom para
que os resíduos possam ser lançados no rio Passo Fundo. O vereador Roque Letti
questionou a engenheira da Corsan sobre possíveis transtornos, para moradores
dos bairros Záchia e Valinhos e para as empresas daquela região, como o mau
cheiro e a proliferação de mosquitos. Catariana disse não ter como afirmar que
não irá exalar cheiro desagradável do local, para tanto, a Corsan está prevenida
para fazer os ajustes. Quanto à proliferação de mosquitos, Catarina afirmou
que isto não deve acontecer, mas se ocorrer também terá uma resposta imediata.
Catarina entende que o tratamento de esgoto será um benefício para a comunidade,
muito superior a pequenos transtornos que possam acontecer.
A área onde está
situada a estação será coberta por uma barreira vegetal, com o objetivo de
fazer os gases subirem e não tomarem a direção da vizinhança. A engenheira
pediu paciência para a comunidade nos primeiros meses, até entrada final de
operação na estação e tranqüilizou que a Corsan está preparada para fazer os
reparos necessários.
(
Diário da Manhã , 09/06/2006)