O tempo passou, e a chuva necessária ainda não veio. Até o momento, só o medo
da seca chegou e, aos poucos, já está tirando o sono de muita gente na região.
Em Carazinho, segundo o gerente da Corsan, Ermógenes Bodanese, a situação se
agravou nos últimos dias. “A cada dia estamos com mais dificuldades, porém,
ainda temos água suficiente para fazer o abastecimento da população”, frisa.
Ele explica que, devido à falta de chuvas, está sendo encaminhada uma
correspondência aos maiores consumidores da cidade para que evitem o
desperdício de água e economizem o máximo possível. “A situação já era grave
no final do ano passado, quando ainda tínhamos registro de chuvas. Agora,
tudo está mais complicado”, ressalta.
Bodanese destaca que, diariamente, o nível do Rio da Várzea é medido pela
Corsan. Ele explica que, desde o dia 19 de maio, o nível da barragem tem se
mantido três centímetros acima da taipa usada na medição, o equivalente a
6,7% do habitual. “O nível normal é 45 centímetros acima do taipa. Por isso,
estamos preocupados com a situação”, frisa. Segundo o gerente da Corsan, o
nível da barragem só vai ceder quando o volume de água do Rio da Várzea for
menor do que é consumido. “Nestes últimos dias, perdemos um pouco de vazão,
mas esperamos que o nível se mantenha constante por um bom tempo”, ressalta.
O gerente da Corsan salienta que a população é totalmente responsável pela
quantidade de água distribuída durante o dia. “Não temos poder de fiscalizar
o consumo das pessoas, pois elas são dona da água que gastam. Apesar disso,
tudo é uma questão de consciência e, no máximo, podemos pedir que a
comunidade use a água de forma racional”, frisa.
(
Diário da Manhã, 10/06/2006)