A produção mundial de biocombustíveis, que dobrou desde 2001, deve se acelerar e reduzir significativamente a dependência mundial do petróleo em meio aos preços recorde alcançados pelo combustível fóssil, como mostra um relatório do WorldWatch Institute. Os esforços dos governos para promover os biocombustíveis também ajudarão a estimular o crescimento da economia do planeta, disse quinta-feira (08/06) em comunicado Christopher Flavin, presidente do WorldWatch, sediado em
Washington, nos EUA.
Até o final deste ano, os EUA deverão substituir o Brasil na posição de maior produtor mundial de biocombustíveis - que são derivados de plantas e de outros tipos de biomassa, como amido ou óleos vegetais -, segundo o relatório. A participação dos biocombustíveis no total das vendas de combustíveis automotivos nos EUA deve aumentar para 37% dentro de 25 anos, comparativamente aos 2% atuais.
"Ações coordenadas para expandir os mercados de biocombustíveis e a promoção de novas tecnologias podem reduzir a pressão sobre os preços do petróleo e, ao mesmo tempo, fortalecer as economias agrícolas e reduzir as emissões de gases que alteram o clima do planeta", disse o presidente do WWI.
Atualmente, os biocombustíveis respondem por 1% - ou cerca de 670.000 barris por dia - do mercado mundial de combustíveis automotivos, informou o relatório. Os governos podem estimular o desenvolvimento de biocombustíveis ao conceder incentivos financeiros saudáveis para estimular a demanda, além de lançar mais modos de transporte que utilizem os biocombustíveis, de acordo com o relatório.
A proteção das fontes geradoras de combustíveis por meio da manutenção da
produtividade do solo e da qualidade da água e um bem-sucedido mercado
internacional para os biocombustíveis poderiam ajudar o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, acrescentou o documento.
(
Gazeta Mercantil/Bloomberg News , 09/06/2006)