O governo federal investirá R$ 1,4 milhão para o monitoramento do desmatamento seletivo na Amazônia. O trabalho será desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. O Ministério do Meio Ambiente deverá aportar R$ 1 milhão para esse projeto.
Segundo o Inpe, para viabilizar a análise completa dos dados de satélites deverão ser destinados mais R$ 400 mil de um fundo para projetos integrados na Amazônia, que contempla estudos como os do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e ações do Ministério da Agricultura.
O total de R$ 1,4 milhão deverá financiar todo o trabalho, desde a aquisição de novas imagens à missão de campo com videografia ou ainda a assessoria no processamento, diagnóstico e interpretação das imagens, que ficará a cargo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), sob a supervisão do Inpe.
“O objetivo é monitorar o corte seletivo e também a intensidade da exploração”, explica Dalton Valeriano, coordenador do Programa Amazônia do Inpe. Com isso, será possível controlar melhor a atividade madeireira. “Vamos dar suporte às necessidades de controle e fiscalização da lei, que prevê a exploração racional e planos de manejo sustentável nas florestas nacionais”, disse.
O monitoramento por satélite auxilia na fiscalização na medida em que aponta locais de possíveis desmates ilegais. O governo federal mantém um sistema de informações em que são cruzados os dados dos mapas com as licenças para o corte de madeira. Os primeiros resultados do mapeamento deverão ser apresentados em três meses. Mais informações: www.inpe.br
(Informações da
Agência FAPESP)