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2006-06-12
A boa fase que vive o setor sucroalcooleiro atrai mais um grupo interessado em prestar serviços às usinas. O conglomerado francês Veolia, um dos líderes mundiais em serviços ambientais, realizou na semana passada, em Ribeirão Preto (SP), seu primeiro encontro com representantes do setor. "O intuito é oferecer às usinas de açúcar e álcool ‘centrais de multiutilidades’, envolvendo o suprimento e o gerenciamento de sistemas de água de alta pureza, energia e gases industriais, além de tratamento de resíduos e efluentes", diz o engenheiro químico Francisco Rodés Faus, gerente de vendas da Veolia Water, uma das empresas do grupo.

Com faturamento global de € 25,2 bilhões em 2005, o Grupo Veolia nasceu há mais de 150 anos, na França, com a criação da Compagnie Générale Des Eaux, em 1853. Em todo o mundo, o grupo tem 271 mil funcionários e atua nos segmentos de água (35,3% da receita), resíduos e efluentes (26,2%), energia (21,4%) e transporte (17,1%). No Brasil há 15 anos, a Veolia tem como clientes grandes multinacionais, além de empresas públicas no setor de saneamento básico. Com 3 mil funcionários no País, sua receita em 2005 foi de R$ 202 milhões, com água, energia e resíduos.

Segundo Faus, um dos nichos de mercado a serem explorados pela Veolia no setor sucroalcooleiro é a cogeração de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Ele explica que o processo utiliza caldeiras de alta pressão que só podem ser abastecidas com água de alta pureza. "Caso haja impurezas, há o risco de acúmulo de resíduos na caldeira, o que pode levar ao seu entupimento ou até mesmo à sua explosão".

"Dependendo do desejo do cliente, podemos fornecer somente água pura, cobrando em metros cúbicos. Mas estamos capacitados a garantir o suprimento total de energia de uma usina, por uma tarifa em reais por megawatt/hora (MWh)", explica Faus.

Pelo contrato de uma "central de multiutilidades", que normalmente é de 15 anos (o tempo aproximado de sua depreciação), a Veolia se encarrega do projeto, da construção e da operação da central. "Os contratos podem prever, ao seu término, a transferência das centrais às usinas", afirma Faus. "Se o cliente já dispuser de centrais de cogeração de energia ou de estações de purificação e tratamento de resíduos, podemos apenas adequá-las e operá-las, para que a usina possa se dedicar mais à produção de açúcar e álcool".

"A filosofia do negócio é bastante interessante. Mas, como se trata de uma novidade para nós, ainda precisamos estudar a viabilidade econômica desses projetos", afirma o engenheiro eletricista Elias Torres Torneli Júnior, da Companhia Açucareira Vale do Rosário, de Morro Agudo. A Vale do Rosário, além de produzir energia para consumo próprio - como todas as usinas -, tem grande excedente, que é vendido à Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).

O Grupo Veolia, diz Faus, ainda não tem projeções de quanto o setor pode lhe render, uma vez que os primeiros contatos começam a surgir agora.

Em sua apresentação a representantes de usinas, o Grupo Veolia mostrou o "case" do complexo industrial da siderúrgica Arcelor, também de origem francesa, em São Francisco do Sul (SC). Em agosto de 2001, a Veolia foi a escolhida pela Arcelor para assumir as engenharias técnica, comercial, financeira, jurídica e ambiental necessárias ao fornecimento das utilidades de sua planta catarinense. A Veolia investiu € 35 milhões na central e garante o fornecimento à Arcelor, por um período de 15 anos, de energia, gases industriais e gás comprimido. Além disso, responde pelo ciclo completo da água e pelo gerenciamento total dos resíduos industriais. "Pelo contrato, temos de garantir 98,5% de disponibilidade dessas utilidades, mas nosso índice supera 99%", afirma Faus. Segundo ele, a Veolia é responsável até por eventuais processos ambientais que a siderúrgica vier a enfrentar.
(Edson Álvares da Costa, Gazeta Mercantil , 12/06/2006)

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