Lixo de Nova Santa Rita é depositado em Canoas
2006-06-09
O Aterro Sanitário de Nova Santa Rita, localizado no bairro Berto Círio, está
interditado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) desde o final
de 2005. A área está com os portões lacrados e a única movimentação que se vê
é de cachorros e aves vasculhando o resto de lixo que não está coberto. Desde
de que a medida da Fepam foi tomada, o lixo produzido na cidade é trazido
diariamente para o Aterro Sanitário de Canoas, localizado no bairro Guajuviras,
e que está no limite de sua capacidade.
O prefeito de Nova Santa Rita, Amilton Amorim (PTB), revela que um convênio
temporário com Canoas foi estabelecido para que o lixo seja depositado em local
apropriado. Reforça que esta medida foi tomada no início de 2006 e está de
acordo com os procedimentos que devem ser adotados nesta situação.
Amorim acrescenta que o município está encaminhando um processo para a Fepam
pedindo o tratamento e encerramento das atividades do aterro. Da mesma forma, a
administração está estudando qual a melhor maneira de solucionar o problema.
Adianta que não pretende abrir um outro aterro em Nova Santa Rita, já que boa
parte do município vive da agricultura e a instalação de aterros inviabiliza o
solo em um raio de dois quilômetros. “Nosso solo é muito nobre para fazermos
este tipo de atividade. Temos que pensar no futuro, não apenas em uma solução
imediata,” observa.
SOLUÇÃO - Uma das soluções prováveis, e que está sendo estudada pela
equipe de Amorim, é a utilização de aterros sanitários de outras cidades.
Lembra que algumas recebem o lixo e o tratam devidamente, com licença da Fepam
e cobrando pelo serviço. “Esta alternativa no momento é a mais viável,” diz. O
prefeito pretende definir o destino do lixo da cidade até o final deste ano.
Segundo a Fepam, o aterro de Nova Santa Rita foi interditado por inadequações
técnicas. Sérgio Rohde, chefe de serviços de resíduos urbanos da Fepam, explica
que o terreno onde o lixo estava sendo depositado, assim como a forma de manejo
dos dejetos, eram impróprios. “Se deixássemos o local funcionando o impacto
ambiental seria muito grande.” Rohde completa dizendo que nestes casos é de
responsabilidade do município arrumar outro local para depositar os resíduos.
(Diário de Canoas, 09/06/2006)
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