O Banco Mundial (BM) continuará apoiando a Bolívia e outros países latino-americanos, apesar da nacionalização da produção de petróleo e gás, assegura o presidente do órgão, Paul Wolfowitz, em entrevista que será publicada na edição desta sexta-feira (09/06) do semanário alemão "Die Zeit". "Os países podem decidir soberanamente se nacionalizarão sua indústria petrolífera. Nossa tarefa é ajudá-los a fazê-lo corretamente. Têm que cumprir suas obrigações contratuais e têm que indenizar as empresas afetadas", afirma Wolfowitz.

O presidente do BM diz que no caso da Bolívia tem a sensação de que as autoridades políticas não têm a intenção de afugentar os investidores. "Muito dependerá de como se realiza a nacionalização. Espero que possamos ajudar nisso - acrescenta". Wolfowitz minimiza a importância da tendência nacionalista que está havendo na América Latina e assegura que sobre isso há muitos exageros.
(Carbono Brasil, 08/06/2006)
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