A chefe do escritório regional do Ibama de Rio Grande, Maria Odete Pereira, pediu exoneração. Ela irá lecionar Políticas Públicas na Furg. Conforme Maria Odete, seu cargo no Ibama era transitório. No momento, está respondendo pela chefia, conforme o superintendente do Instituto no Estado, Fernando Marques, o chefe substituto, Paulo Martins.
Ontem, referindo-se aos problemas que o escritório regional vem enfrentando este ano, Maria Odete observou que "muito se pode dizer das limitações do escritório, mas não se pode afirmar que nunca foi assim". Disse que trabalhou pela primeira vez no Instituto em 2003, contratada por uma empresa terceirizada, e na ocasião encontrou a fiscalização instalada nas dependências do Centro de Pesquisas (Ceperg), na rua Paranaguá, "em péssimas condições e também sem telefone".
Lembrou que o prédio atual foi conseqüência de conversão de uma multa e que desde o início havia conhecimento das más condições do telhado do imóvel. "Fizemos várias tentativas de reforma e, por fim, pedimos à universidade (Furg) uma análise técnica das condições do prédio. A necessidade de interdição se refere ao depósito, localizado nos fundos. Em relação ao prédio, foi constatada a urgência da obra", explicou.
Conforme ela, todas as informações sobre as necessidades do escritório foram enviadas à Gerência Executiva do Ibama, em Porto Alegre. E na época a resposta era de que o orçamento não estava sendo votado e este seria o motivo dos atrasos dos repasses e licitações.
Maria Odete destacou que o escritório também teve avanços, como acesso à Internet, novos computadores, rede interna de informática que possibilitou um banco de dados relativos ao licenciamento da pesca, dois estagiários remunerados e uma camionete em boas condições de uso, entre outros.
"Estou deixando o cargo de chefia do escritório com pesar. Os caminhos profissionais nos levam por situações variadas, sem perder de vista nosso ideal de mundo".
(Carmem Ziebell, Agora online, 09/06/2006)