Osório começa pavimentação de acesso para mirante
2006-06-09
A Ventos do Sul concluiu a construção da torre 25 do parque eólico de Osório, superando o problema criado com as “bolhas” na concretagem dessa base, a primeira construída em dezembro de 2005, no início da maior usina de vento da América Latina. Estão montados 22 geradores; quatro ou cinco deles giram continuamente, mesmo quando não há vento na superfície.
Nos bastidores da obra, correm informações desencontradas. De um lado, diz-se que a usina já estaria gerando energia; de outro, sabe-se que houve problemas sérios na construção do prédio da subestação elétrica -- ainda não concluída. Ameaçada de multas por atraso e outras falhas, a construtora subcontratada pela Trafo para fazer o prédio recorreu à justiça depois de dispensada do serviço. A briga é para saber quem vai pagar o quê.
Publicamente, porém, vai tudo bem. No início de junho a diretoria da Ventos do Sul compareceu à inauguração da nova esteira do lixão de Osório e foi elogiada por ajudar a prefeitura a buscar uma saída para o saneamento básico da cidade. Os construtores da usina eólica também estão soprando no ouvido do prefeito Romildo Bolzan Junior que a bola da vez no município é o turismo.
De fato, foi iniciada a pavimentação da estrada para o morro Borússia, onde será construído um miradouro de onde os turistas poderão contemplar as belezas naturais da região – lagoas, várzeas, praias e os 75 cata-ventos plantados pelos alemães da Wobben, os espanhóis da Elecnor e seus parceiros brasileiros Telmo Magadan e Carlos Alberto da Costa Pinto. A concorrência para a construção foi vencida pela Ribas Engenharia, que trabalhou nos acessos da usina eólica. A estrada da Borússia está prometida para 16 de dezembro, quando começam os festejos do sesquicentenário do município de Osório.
Por Geraldo Hasse, de Osório, para O Diário dos Ventos, série exclusiva do Ambiente Já e Jornal Já, 09/06.