Moradores de Canoas reclamam de lixos acumulados em terrenos
2006-06-08
Diariamente chegam à Redação do Diário de Canoas reclamações sobre terrenos
baldios e áreas verdes onde o mato e o lixo acumulados trazem insatisfação e
preocupação aos moradores. Somente no mês de maio foram 11 solicitações, e o
problema se repete em diferentes bairros.
Entre as queixas mais comuns estão a proliferação de bichos, o mau-cheiro e a
utilização dos locais para esconderijo. Alguns moradores recorrem ao jornal -
que faz as publicação dos casos na Coluna da Comunidade - depois de muitas
tentativas de solucionar o problema por meio da Prefeitura. Outros questionam a
ineficiência da administração municipal, que ao responder os casos diz que
tomará providências, mas o problema persiste.
Este é o caso vivido por uma dona de casa do bairro Niterói. Após tentar por
diversas vezes contato com a Prefeitura, fez a solicitação ao jornal. O pedido
de limpeza de um terreno baldio na Rua 11 de Junho esquina com a Dom Pedro foi
encaminhado em maio e publicado no dia 10 do mesmo mês. A resposta da
Secretaria Municipal de Transportes e Serviços Públicos foi a seguinte: “A
SMTSP informa que uma equipe do Serviço de Limpeza Pública irá ao local para
averiguar a situação. Caso proceda, o dono do terreno será identificado e
notificado a realizar o trabalho, dentro dos prazos legais e padrões do
município (...)”. “Tudo continua igual” confirma a moradora.
RESPOSTAS - A resposta-padrão encaminhada pela Prefeitura para este tipo
de problema desagrada e cria a sensação de que o Município não cumpre com o
que diz. Assim sentem-se os moradores do Bairro Rio Branco que solicitam, há
mais de um ano, solução para um depósito de lixo em área na rua Dom João Becker,
entre Santa Clara e Edgar Fritz Müller. O pedido foi publicado por diversas
vezes na Comunidade, limpezas periódicas são realizadas, mas o lixo e galhos
ocupam quase metade do leito da via.
O caso de um terreno baldio na Rua Argentina, quase esquina Pirapó, no bairro
São José, foi publicado pela primeira vez em dezembro de 2005. Passados cinco
meses, o problema continua. Insatisfação semelhante é manifestada por uma
moradora do bairro Niterói que solicita a limpeza de um terreno na esquina das
Ruas Lajeado e Epitácio Pessoa. “O mato é tanto que atinge a rua e atrapalha a
visão dos motoristas,” diz ela, que também tenta solucionar o problema através
da Prefeitura.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Transportes e
Serviços Públicos informou que sempre deixou claro que a conservação e cuidado
com os terrenos baldios são de total responsabilidade dos proprietários.
Justifica a demora da limpeza com a irresponsabilidade dos donos, que mesmo
sendo notificados, não cumprem essa exigência e geram demanda aos serviços
públicos.
(Diário de Canoas, 08/06/2006)
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