Onze organizações não-governamentais (ONGs), entre elas a Anistia Internacional, o Greenpeace e Oxfam, apresentaram na terça-feira (06/06) um "estatuto de responsabilidade", o primeiro código comum de conduta voltado para melhorar a gestão das organizações e garantir a transparência.

O texto, que destaca o compromisso das ONGs internacionais com uma gestão mais eficiente e responsável e pretende facilitar o controle sobre a atuação desses grupos, tanto externo quanto interno. As organizações buscam "melhorar o nível do trabalho" mediante a identificação de princípios comuns e a colaboração em políticas e práticas, explicou a secretária-geral da Anistia, Irene Khan, numa coletiva de imprensa com representantes de outras ONGs.

O documento representa ainda uma tentativa de resposta às críticas feitas à legitimidade de algumas campanhas desenvolvidas por essas organizações, que atuam nas áreas de direitos humanos, meio ambiente e desenvolvimento social e econômico. "O estatuto define quem somos e o que é que fazemos. Conseguimos juntar aqui uma ampla gama de diferentes ONGs, nas quais se representam os direitos humanos, os direitos da infância... E este é só um primeiro passo, que pensamos em desenvolver", declarou Khan.

As organizações também buscam "celebrar" e "preservar" a confiança de que gozam. "Não damos por garantido essa confiança. Nada nos obriga a constituir este estatuto. Desfrutamos da confiança depositada em nós e apreciamos a influência significativa que têm as ONGs, e queremos seguir merecendo essa confiança com responsabilidade", disse a secretária da Anistia Internacional.
(EFE, 07/06/2006)
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/jun/06/175.htm