O Rio Grande do Sul importou ontem (7/6) 2041 Megawatts (MW), o que representa 67% da energia consumida pelos gaúchos. A longa estiagem que assola o Estado atingiu os reservatórios que acumulam água para a geração de energia. Com isso, a geração própria estadual atingiu a marca 1012 MW, equivalente a 33% do consumo. A média anual de importação fica entre 35 a 40%. O secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack explica que, apesar da baixa geração, o Estado não corre risco de desabastecimento, pois o Sistema Interligado Nacional (SIN) garante o suprimento de energia. “Apesar da estiagem, o nível dos reservatórios estão se mantendo estáveis e como estamos no período úmido, a demanda é menor. Além disto, os reservatórios do sudeste estão completamente cheios, o que garante o suprimento da energia no Estado”, tranqüiliza.

De acordo com Brack, apesar de baixa ocorrência de chuvas, os níveis dos reservatórios estão estáveis. Esta transferência de energia para o Rio Grande do Sul ocorre para preservar os níveis dos reservatórios, que estão com baixo acúmulo de água. “Ao receber energia de outros estados, deixamos de gerar aqui e assim é possível economizar a água existente hoje. Assim, estaremos tranqüilos caso haja uma emergência”, enfatiza.

Situação dos reservatórios do Estado
A bacia do rio Jacuí, principal reservatório do Estado, opera com 45,2% da sua capacidade. Já Passo Fundo opera com 52%, Machadinho apresenta 22% e Ita apresenta 74% da sua capacidade. Brack explica que estes reservatórios ainda estão aproximadamente 20% acima da curva de aversão ao risco, ou seja, acima do limite de geração do reservatório. “O nível de risco dos reservatórios para garantir o abastecimento de energia é de 30%.E hoje, o maior reservatório do Estado está 15,2% acima deste nível", informa.
Por Carolina Becker, Ass. de Comunicação da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações / RS, 7/6/2006.