O município de Rio Pardo é forte candidato a ganhar um terminal hidroviário caso seja confirmada a ampliação da Aracruz Celulose, em Guaíba. A informação é do deputado estadual Edson Brum (PMDB), que mantém contatos com a direção da empresa.
Desde o início da semana, ele acompanha uma comissão de deputados e de empresários em viagem à Finlândia, país que tem boa parte da sua economia centrada na produção de madeira. A indústria Stora Enso, que possui sede na cidade de Imatra (na fronteira com a Rússia), a Votorantim e a Aracruz, estão atuando de forma consorciada para desenvolver um grande projeto no Rio Grande do Sul. O investimento, de US$ 3,6 bilhões, seria destinado ao incentivo à produção de eucaliptos, implantação de serrarias e de uma indústria de celulose.
Segundo o deputado, a Stora Enso anunciou que, nos próximos cinco anos, ocorrerá a instalação de uma fábrica de celulose no Estado, em parceria com a Aracruz, o que exigirá um grande consumo de eucaliptos. “Se isso se confirmar, teremos uma grande oportunidade de diversificação econômica para os nossos agricultores.”
O deputado destacou que, neste projeto, também está prevista a instalação de dois terminais hidroviários e um deles poderá ser em Rio Pardo. “A informação me foi transmitida pelo gerente regional da Aracruz, Renato Rostirolla.” O outro poderá ser em Cachoeira do Sul. “A viagem está sendo muito produtiva, pois venho mantendo contatos permanentes com os diretores que acompanham o grupo.”
A indústria de celulose da Finlândia é uma das mais avançadas do mundo, com grandes investimentos em projetos técnicos e de pesquisa em várias partes do mundo. A Stora Enso tem planos de investimentos nos países tropicais. Segundo informações da Federação das Indústrias Florestais Finlandesas, no Brasil um pé de eucalipto se desenvolve em sete anos. Na Finlândia, devido ao frio, são necessários 60 anos.
(Por Maria Rosilane,
Gazeta do Sul, 08/06/2006)