A gripe das aves que abalou a economia mundial e deixou centenas de
países em estado de alerta virou tema de um curso ministrado a
profissionais da área de saúde pública no Vale do Rio Pardo.
Representantes da Secretaria Estadual da Saúde (SES) deram dicas de como
agir no caso de uma pandemia (epidemia generalizada) da doença, que
embora não tenha chegado ao País ainda representa uma ameaça.
A iniciativa tem como objetivo monitorar os casos de contágio com a
influenza – vírus causador da gripe – em animais, que pode sofrer
mutações e com isso atingir o homem. De acordo com a coordenadora da
Divisão de Vigilância Epidemiológica da SES, Tani Ranieri, o risco da
pandemia é que motivou o processo de qualificação. Por enquanto não
foram verificados casos de gripe aviária no País, mas mesmo assim
autoridades de saúde estão em alerta. Onde a doença foi constatada
ocorreram vítimas fatais.
Por esse motivo, todos os estados vão ter que elaborar um plano de
prevenção. No caso do Rio Grande do Sul técnicos da Secretaria da Saúde
e da Agricultura se envolveram na operação. “O procedimento é monitorar
casos de influenza, pois o vírus pode atingir humanos”, explicou.
A expectativa é de que no Estado, as ações sejam definidas até o final
do mês. O curso realizado em Santa Cruz, na semana passada, foi o
primeiro de uma série de atividades organizadas em todas as
coordenadorias de saúde para atuar em caso de surgimento da doença.
Em nível nacional também foram programadas ações voltadas a orientar os
profissionais da área de saúde pública. Pelo menos 300 mil médicos e
todos os enfermeiros do Programa de Saúde da Família (cerca de 27 mil) e
secretarias estaduais e municipais de Saúde vão receber kits com
informações sobre as medidas preventivas.
(Dejair Machado,
Gazeta
do Sul, 07/06/2006)