Em 15 dias de campanha contra o desperdício de água na cidade, os caxienses já
dão sinais de engajamento. Um levantamento realizado pelo Serviço Autônomo
Municipal de Água e Esgoto (Samae), com base na quantidade de água bombeada
para as residências e empresas, mostra que a população economizou cerca de 2,4%
em relação aos 12 dias - de 10 a 22 de maio - anteriores à campanha. Ainda
assim, a situação das represas continua crítica e, se não chover durante este
mês, deverá ser implantado rodízio no fornecimento.
Os dados do Samae mostram uma economia de 32,5 milhões de litros de água
tratada, o que corresponde ao consumo mensal de 6,2 mil pessoas. Para o final
de junho, está previsto um levantamento da redução do consumo por meio da
leitura dos hidrômetros.
A chuva do final de semana foi insuficiente para estancar o processo de
esvaziamento das represas. Na avaliação dos técnicos da
autarquia, o volume de chuva da última quinzena pode ser considerado
insignificante para ajudar a aumentar os níveis dos reservatórios.
- Basta abrir um buraco no jardim. As pessoas notarão que a partir de 30
centímetros da superfície do solo a terra está seca - explicou o diretor-geral
do Samae, Marcus Vinícius Caberlon.
Conforme Caberlon, são necessários de 20 a 30 dias de chuva para que o
abastecimento volte ao normal. Segundo o diretor, é grande a possibilidade de
haver o rodízio no fornecimento de água em bairros a partir de julho, com
corte na distribuição em determinados horários. A medida será parecida como a
implantada no final de 2005, quando foram reformadas as adutoras. Se o nível
das represas continuar diminuindo mesmo com um rodízio, haverá racionamento, o
que implicaria em corte geral na cidade.
(João Machado,
Pioneiro , 06/06/2006)