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2006-06-07
O clima, a falta de infra-estrutura e a marginalização política são os principais obstáculos para que as regiões que sofrem os efeitos da desertificação cumpram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A avaliação é do administrador do PNUD, Kemal Dervis, que, em seu discurso (versão em espanhol) sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, alertou para a necessidade de ações de desenvolvimento nessas áreas, que abrigam cerca de 2 bilhões de pessoas.

“Será particularmente difícil alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio nesses ecossistemas tão frágeis. As populações das terras áridas são vítimas diárias da degradação do solo; são marginalizadas tanto do ponto de vista geográfico como político. Não dispõe de serviços energéticos modernos, não estão preparadas para mudanças climáticas e a água é escassa”, afirmou.

No Brasil, as áreas suscetíveis a sofrerem processos de desertificação representam 15,7% do território e abrangem toda a região Nordeste, além de parte dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Nessas regiões vivem mais de 31,6 milhões de pessoas, ou 18,6% da população, segundo o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). De acordo com a agência, o processo no Brasil está associado principalmente ao uso inadequado do solo — como práticas agrícolas e pecuárias inapropriadas e manejo incorreto de recursos florestais — e à expansão urbana desordenada, combinada com a destruição da cobertura florestal.

Em seu discurso, o administrador do PNUD apontou três elementos-chave para o desenvolvimento das áreas áridas e semi-áridas. Um deles é a implantação de programas de reforma agrária, “dando especial atenção às mulheres”. O objetivo é “fortalecer o direito de propriedade à terra entre os mais pobres”. “Os moradores têm de ter direitos legais, especialmente sobre a terra em que trabalham e vivem. Estamos empenhados em uma reforma da gestão do meio ambiente que favoreça os pobres”, disse.

Outro ponto destacado por Dervis é a necessidade de fontes energéticas mais modernas nas regiões áridas e semi-áridas. Segundo ele, mais de 2,4 bilhões de pessoas ainda dependem de combustíveis como a lenha para cozinhar e se aquecer, “o que agrava ainda mais a degradação e desertificação do solo”. Esses projetos de criação de novas fontes de energia devem vir acompanhados do terceiro elemento-chave, que é o apoio às comunidades para que elas se adaptem às mudanças climáticas, “como as secas que são cada vez piores”.

Para ajudar o desenvolvimento dessas regiões, o PNUD apóia programas de combate à desertificação em mais de 60 países, entre eles o Brasil. Desde 2003, já foram investidos US$ 370 milhões nesses projetos voltados à gestão sustentável do solo.
(Envolverde, 06/06/2006)
http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=18208

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